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Goolsbee, do Fed, diz que um chair "sombra" não teria influência no debate sobre política monetária--CNBC

Reuters26 de jun de 2025 às 18:17

- Uma decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de nomear um substituto para o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, não teria de fora do banco central nenhuma influência sobre a política monetária enquanto o indicado aguardasse a confirmação, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, nesta quinta-feira, em comentários ao Squawk Box da CNBC.

"Isso não teria nenhum efeito", disse Goolsbee sobre a possibilidade de Trump nomear antecipadamente seu candidato para quando o mandato de Powell terminar em 11 meses, na esperança de influenciar a taxa de juros nesse meio tempo.

"Temos um chair do (Comitê Federal de Mercado Aberto)... Esse é Jay Powell. O que alguém que não é o chair pensa sobre a política monetária -- ele pode ter a opinião que quiser. Temos que nos reunir a cada seis semanas e fazer votações."

Trump tem sido cada vez mais incisivo ao pedir que o Fed reduza a taxa de juros, mesmo que a maioria de seus formuladores de política monetária considere que o banco central está sendo deixado de lado até que o governo tome as decisões finais sobre o nível de tarifas que planeja impor e que eles possam estudar o impacto desses impostos de importação crescentes sobre a inflação.

Em audiências perante o Congresso dos Estados Unidos nesta semana, Powell reiterou que o Fed está preparado para cortar os juros se as tarifas não tiverem efeito sobre a inflação, mas que economistas preveem, de modo geral, que as tarifas elevadas impostas até o momento e ainda em vias de serem impostas aumentarão os preços ao longo do ano.

O diretor do Fed Christopher Waller foi mencionado em uma reportagem recente do Wall Street Journal como um possível substituto de Powell, com o benefício adicional para Trump de que ele já tem um voto sobre a política monetária e as relações entre seus pares construídas desde que se juntou ao conselho do Fed em janeiro de 2020.

Outros possíveis indicados mencionados pela mídia incluem o ex-diretor do Fed Kevin Warsh, que tem laços estreitos com a Organização Trump e quase foi nomeado chefe do banco central no primeiro mandato do presidente na Casa Branca, bem como Kevin Hassett, que é o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

O debate está ocorrendo em meio a dados ambíguos e ao aumento do foco político em Powell.

Trump disse recentemente que nomeará o substituto de Powell "em breve". Em discurso em uma cúpula da Otan na Europa na quarta-feira, o presidente disse que sua lista de possíveis indicados foi reduzida a "três ou quatro".

Esses comentários renovaram as especulações de que Trump pode nomear mais cedo um sucessor com a esperança de que possa ter um impacto imediato sobre os juros. Na ausência de uma renúncia imprevista e, exceto no caso de Waller, que é um diretor em exercício, o indicado de Trump não poderá se juntar à diretoria do Fed até o início do próximo ano, quando há uma vaga prevista.

O mandato de Powell como chefe do Fed não termina até maio, e uma decisão recente da Suprema Corte pareceu protegê-lo de ser demitido por causa de uma disputa política -- um fato que pode limitar a capacidade de Trump de remodelar o banco central antes que seu segundo e último mandato termine em janeiro de 2029.

(Reportagem de Howard Schneider)

((Tradução Redação São Paulo))

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