Por Tatiana Bautzer
NOVA YORK, 25 Jun (Reuters) - Os rendimentos do Treasury de referência tinham queda leve nesta quarta-feira, com o aumento dos preços do petróleo e os mercados avaliando o momento dos possíveis cortes na taxa de juros do Federal Reserve.
Os rendimentos dos Treasuries de prazo mais longo subiram mais cedo, mas passaram a recuar durante a tarde.
O rendimento do Treasury de dez anos US10YT=TWEB caía 0,6 ponto-base, para 4,287%.
O retorno do título de 30 anos US30YT=TWEB estava estável em 4,831%.
O yield da nota de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente se move em sintonia com as expectativas da taxa de juros, caía 1,1 ponto-base, para 3,773%.
Enquanto isso, a curva de juros, medida pelo spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB, estava em 51,4 pontos-base.
Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira, após fortes quedas nos últimos dias. Investidores consideraram a forte demanda de energia dos EUA e avaliaram a estabilidade da trégua no Oriente Médio.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse a um painel do Senado dos EUA nesta quarta-feira que os planos tarifários podem muito bem causar apenas um salto pontual nos preços, mas o risco de causar uma inflação mais persistente é grande o suficiente para que o banco central seja cuidadoso ao considerar novos cortes nos juros.
"Nosso cenário base ainda é o primeiro corte de juros do ano em setembro, mas estamos acompanhando de perto as discussões entre as autoridades do Fed antes da reunião de julho e da Conferência de Jackson Hole", disse Ed Acton, estrategista de juros dos EUA do Citigroup.
A ferramenta FedWatch da CME mostra que os mercados projetam uma chance de 22% do primeiro corte na taxa de juros na reunião de julho e 90% de chance de cortes em setembro. Os mercados estarão procurando sinais de desaceleração que possam distorcer as probabilidades para um momento mais urgente.
O Tesouro dos EUA vendeu US$70 bilhões em um leilão de notas de 5 anos, com uma demanda morna e uma relação oferta/cobertura de 2,36. Os rendimentos das notas de cinco anos estavam estáveis nas negociações da tarde, em 3,842%.
((Tradução Redação Brasília))
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