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Departamento do Trabalho dos EUA reduz amostra de coleta de dados de inflação em meio a congelamento de contratações

Reuters4 de jun de 2025 às 19:53

- A agência de estatísticas econômicas do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira que está reduzindo a amostra de coleta do índice de preços ao consumidor em áreas de todo o país devido a restrições de recursos, mas a medida deve ter "impacto mínimo" sobre os dados gerais do relatório.

Em uma declaração publicada em seu site, a agência disse que a redução da amostra e a suspensão da coleta podem, no entanto, aumentar a volatilidade dos índices subnacionais ou específicos de itens.

"A agência faz reduções quando os recursos atuais não podem mais apoiar o esforço de coleta", disse a agência. "A agência continuará a avaliar as operações de pesquisa."

A agência, que também compila o relatório de emprego, foi afetada por um congelamento de contratações imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como parte de uma campanha sem precedentes para reduzir drasticamente o tamanho do governo por meio de demissões em massa e cortes de gastos.

O Wall Street Journal informou nesta quarta-feira que a agência, a partir de abril, reduziu o número de empresas nas quais verifica os preços para o relatório do índice, citando o congelamento de contratações imposto por Trump em 20 de janeiro, seu primeiro dia no cargo.

"O índice de preços ao consumidor reduziu temporariamente o número de pontos de venda e cotações que tentou coletar devido à falta de pessoal em algumas cidades do índice", a partir de abril, diz um email da agência enviado a economistas privados e compartilhado com o jornal. "Esses procedimentos serão mantidos até que o congelamento de contratações seja suspenso e mais funcionários possam ser contratados e treinados."

O índice de preços ao consumidor é um dos conjuntos de dados econômicos publicados pelo governo dos EUA mais observados, com a confiança de economistas, investidores e formuladores de política monetária para estimativas quase em tempo real da situação da inflação. O relatório fornece um retrato mensal das mudanças nos preços em geral e entre centenas de produtos e serviços separados, desde ovos a óculos e passagens aéreas a automóveis.

Alguns economistas privados temem que os cortes na equipe de coleta já estejam prejudicando a qualidade dos dados produzidos no relatório. As preocupações foram levantadas por economistas externos depois que o governo Trump dissolveu os conselhos consultivos do órgão de estatísticas e do Departamento de Comércio, que haviam aconselhado as agências sobre a coleta e análise de dados econômicos.

(Por Dan Burns e Ann Saphir)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB

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