Investing.com — O impacto das amplas tarifas dos EUA sobre o crescimento está sendo sentido apenas gradualmente, mas ainda deve contribuir para uma desaceleração na atividade econômica global este ano, segundo analistas do Citi.
Apesar dos alertas de que as tarifas punitivas — e agora amplamente adiadas — do presidente dos EUA, Donald Trump, prejudicariam a produção, a economia global tem mostrado sinais de "notável resiliência", afirmaram os analistas liderados por Nathan Sheets em nota aos clientes.
Trump inicialmente anunciou tarifas elevadas tanto para aliados quanto para adversários em abril, mas posteriormente suspendeu parcialmente as medidas como parte de uma estratégia para dar aos negociadores da Casa Branca mais tempo para forjar acordos comerciais com dezenas de países individualmente. Um adiamento separado e redução das tarifas sobre a China também foram anunciados no início deste mês.
Ainda assim, tarifas universais de 10% permanecem em vigor, assim como impostos sobre itens como alumínio, aço e autopeças. Segundo algumas estimativas, a taxa tarifária efetiva dos EUA agora está em seu nível mais alto desde a década de 1930.
Os analistas do Citi observaram que empresas e consumidores americanos recentemente se apressaram para comprar produtos antes da imposição das tarifas, ajudando a fornecer uma proteção inicial contra um possível resfriamento econômico acentuado.
Mas, à medida que os efeitos completos das tarifas possivelmente surjam nos próximos meses, a demanda poderá enfrentar um "golpe duplo" de poder de compra reduzido e uma "compensação" pela onda de compras pré-tarifas, argumentaram os analistas do Citi.
"Como tal, vemos o período atual ainda como a ’calmaria antes da tempestade’, e esperamos que o crescimento no segundo semestre do ano enfraqueça", previu a corretora.
O crescimento global foi projetado em 2,3% este ano, desacelerando em relação aos 2,8% do ano passado, disse o Citi. As economias desenvolvidas devem ser "especialmente atingidas", com o crescimento nesses países caindo para pouco mais de 1%.
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