Investing.com — Autoridades dos EUA têm respostas políticas limitadas caso o recente rebaixamento do crédito americano pela Moody’s provoque uma venda massiva de títulos do governo, segundo analistas do Citi.
Em nota aos clientes, os analistas argumentaram que "há poucas ou nenhuma" ação disponível para o Federal Reserve ou Departamento do Tesouro no caso de um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA após a decisão da Moody’s.
"O Fed precisa de uma taxa de desemprego mais alta antes de tomar medidas e reiniciar o ciclo de flexibilização, e o Tesouro tem espaço limitado para reduzir o volume de emissões", escreveram os analistas.
Na segunda-feira, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram um pouco após um salto inicial, mas permanecem em níveis elevados.
A Moody’s anunciou no final da semana passada que havia rebaixado sua classificação do crédito dos EUA em um nível para "Aa1" de "Aaa", citando preocupações de que a dívida e os juros no país estão "significativamente mais altos do que soberanos com classificação semelhante". Os EUA atualmente enfrentam uma dívida de US$ 36,22 trilhões, segundo o Departamento do Tesouro.
Em comunicado, a Moody’s acrescentou que "sucessivas administrações dos EUA e o Congresso não conseguiram concordar com medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros".
Embora haja espaço para um movimento de alta nos rendimentos do Tesouro, que tipicamente se movem inversamente aos preços, o rebaixamento "não deve ter muito impacto isoladamente", disseram os analistas do Citi.
O corte na classificação poderia reacender temores sobre a demanda estrangeira por ativos americanos, o que contribuiu para uma venda massiva em abril após o anúncio do presidente Donald Trump sobre tarifas "recíprocas" punitivas, também alertaram os analistas. No entanto, dados recentes apontaram para alguma resiliência na demanda estrangeira por títulos do Tesouro antes de abril, observaram.
A demanda estrangeira também permaneceu "praticamente inalterada" após o rebaixamento da classificação dos títulos do Tesouro dos EUA em 2023 pela Fitch, concorrente da Moody’s, disseram os estrategistas.
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