Investing.com — Os mercados acompanham de perto as negociações em Wall Street nesta segunda-feira, após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, anunciado na noite de sexta-feira, já com os mercados americanos encerrados. A agência retirou a classificação máxima da dívida soberana americana, rebaixando-a de “AAA” para “Aa1”.
Com a decisão, a Moody’s se alinha às demais grandes agências de classificação, como a Standard & Poor’s e a Fitch, que já haviam adotado medida semelhante anteriormente.
Segundo análise da Link Securities, embora o rebaixamento já estivesse no radar do mercado há algum tempo, dado o persistente déficit fiscal e o avanço expressivo da dívida pública durante a legislatura anterior, a agência baseia sua decisão na ausência de sinais de que o governo atual adote medidas eficazes para enfrentar tais fragilidades estruturais.
A consultoria destaca, ainda, que boa parte dos fundos de investimento que antes só podiam adquirir papéis com nota “AAA” já alterou seus regulamentos para continuar alocando recursos em títulos soberanos dos EUA. Isso deve limitar os efeitos adversos imediatos tanto nos preços dos Treasuries quanto nas bolsas americanas.
No curto prazo, a expectativa é de impacto contido sobre os ativos financeiros dos EUA. Pode haver correções nos índices acionários, que já acumulam forte valorização nas últimas semanas e apresentam sinais de sobrecompra, além de uma elevação marginal nos rendimentos dos títulos do Tesouro, refletindo o ajuste à nova percepção de risco.
Consultada sobre o tema, a ferramenta de inteligência artificial WarrenAI, do Investing.com, apresentou as seguintes projeções:
Efeito indireto: com o novo risco percebido, investidores podem exigir prêmios mais altos para financiar a dívida americana, elevando o custo do crédito globalmente.
Volatilidade: rebaixamentos costumam provocar instabilidade nos mercados, embora os efeitos de longo prazo dependam do grau de confiança dos agentes econômicos nos fundamentos dos EUA.
Comportamento do dólar: inicialmente, a moeda americana pode atrair fluxo por seu papel tradicional como porto seguro. No entanto, caso a perda de rating persista, parte dos recursos pode migrar para outras divisas ou ativos alternativos.
Países com rating máximo, como a Alemanha, podem atrair capital em busca de proteção. Ainda assim, a dimensão e liquidez do mercado americano seguem como fatores limitantes para uma mudança abrupta nos fluxos internacionais: os EUA continuam sendo o principal benchmark global em renda fixa.
A Moody’s manteve a perspectiva da nota como “estável”, o que indica que, no horizonte de curto prazo, não são esperadas novas revisões. O recado aos formuladores de política econômica é claro: a disciplina fiscal voltou a ser um elemento relevante para os investidores globais, especialmente em um cenário de juros mais altos.
Monitorar a volatilidade nos mercados de dívida e câmbio;
Observar os próximos passos dos bancos centrais, que podem ajustar suas estratégias diante de custos de financiamento mais elevados e possíveis reflexos sobre o crescimento;
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