Investing.com — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai impor tarifas elevadas a parceiros comerciais que forem percebidos como não negociando de "boa-fé", segundo o secretário do Tesouro Scott Bessent.
Em entrevistas televisivas durante o fim de semana, Bessent não esclareceu o que constituiria "boa-fé" nessas discussões, nem detalhou quando essas nações enfrentariam as tarifas elevadas que Trump anunciou pela primeira vez em um evento no dia 2 de abril.
Desde o anúncio dessas taxas, a Casa Branca emitiu uma pausa parcial de 90 dias, com Trump argumentando que a medida é necessária para dar tempo aos funcionários americanos de negociar dezenas de acordos comerciais com nações individuais.
Na semana passada, os EUA também chegaram a um acordo para pausar e reduzir tarifas sobre a China, aliviando preocupações sobre uma guerra comercial de retaliações entre as duas maiores economias do mundo. As ações subiram após o anúncio do adiamento e registraram ganhos semanais.
Ainda assim, Trump disse durante uma viagem ao Oriente Médio na sexta-feira que não seria "possível atender ao número de pessoas que querem nos ver", acrescentando que cerca de "150 países" estavam buscando fechar acordos comerciais com Washington.
Os parceiros comerciais dos EUA devem esperar cartas de Bessent e do secretário de Comércio Howard Lutnick descrevendo "o que eles pagarão para fazer negócios nos Estados Unidos". As cartas chegarão em algum momento nas próximas duas a três semanas, acrescentou, embora não tenha dito quais países receberão esses avisos.
Bessent disse ao programa "Meet the Press" da NBC News que o governo Trump estava focado em seus 18 relacionamentos comerciais mais importantes, acrescentando que o cronograma dos acordos provavelmente dependeria de se os países estavam negociando de boa-fé. Aqueles que não o fizerem receberão as cartas, disse ele.
"Eles vão receber uma carta dizendo: ’Aqui está a taxa’. Então, eu esperaria que todos viessem negociar de boa-fé", disse Bessent.
Apesar das recentes concessões, tarifas universais de 10% dos EUA permanecem em vigor, bem como outras taxas sobre itens como aço, alumínio e autopeças. Segundo algumas estimativas, a taxa tarifária efetiva dos EUA está agora em seu nível mais alto desde a década de 1930.
(Reuters contribuiu com a reportagem.)
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.