Investing.com — A região da América Latina está superando economicamente o resto do mundo em 2025. Além das mudanças políticas e condições econômicas favoráveis, como políticas monetárias mais flexíveis, exportações resilientes e posições competitivas, diversos fatores contribuem para esse crescimento.
De acordo com analistas do BofA (NYSE:BAC) Securities, o desempenho positivo da região no acumulado do ano é impulsionado por essas dinâmicas, particularmente em países como Peru, Chile e Argentina, enquanto a perspectiva regional mais ampla permanece positiva.
Um aspecto fundamental do desempenho da América Latina são as diferentes trajetórias econômicas na região. Enquanto Brasil e México enfrentam sinais de desaceleração, várias nações andinas e a Argentina têm mostrado sinais de resiliência.
Essa mudança se reflete na melhoria dos indicadores econômicos em alguns países, como melhores métricas de confiança no Chile e Peru, e na recuperação da Argentina após o choque recessivo de 2024.
Os analistas destacam que, enquanto Brasil e México experimentaram quedas na confiança do consumidor e nos dados de atividade, países como o Peru se beneficiam de fortes preços de exportação, particularmente para cobre e ouro, que representam uma parte significativa das exportações peruanas.
Os ciclos de flexibilização monetária ocorrendo em grande parte da região também proporcionam um forte impulso aos mercados de ações.
Espera-se que o Brasil, em particular, comece a cortar as taxas de juros em dezembro de 2025, sinalizando maior apoio ao crescimento.
Em outros países como México, Chile e Peru, as taxas estão estáveis ou em queda, criando condições favoráveis para o desempenho das ações.
Os analistas preveem que, apesar da desaceleração da atividade econômica em 2025, taxas de juros mais baixas apoiarão o crescimento do mercado no médio prazo.
Isso é especialmente verdadeiro para o Brasil, onde cortes nas taxas poderiam impulsionar uma tendência de alta nas ações à medida que as pressões inflacionárias diminuem.
No caso dos países andinos, as eleições estão moldando o sentimento do mercado. Pesquisas sugerem que as próximas eleições poderiam trazer administrações mais favoráveis ao mercado, potencialmente proporcionando maior estabilidade econômica e sentimento positivo.
A eleição do Chile no final deste ano, seguida pelas da Colômbia e Peru em 2026, poderá influenciar a confiança dos investidores. Da mesma forma, a situação política da Argentina é vista como um potencial catalisador para maior crescimento econômico.
O acordo favorável do país com o FMI e as expectativas para as eleições de meio de mandato em outubro estão ajudando a impulsionar o sentimento, enquanto mudanças em suas políticas de câmbio poderiam aumentar o investimento estrangeiro direto, particularmente nos setores de energia e mineração.
A trajetória da região, no entanto, pode ser afetada por riscos apesar desses desenvolvimentos positivos.
Tensões comerciais, particularmente relacionadas à disputa tarifária entre EUA e China, poderiam reduzir a confiança em toda a região, especialmente em países como o México, que estão mais expostos às dinâmicas do comércio global.
Além disso, o potencial para um crescimento global mais fraco, particularmente na China, poderia impactar commodities de exportação essenciais como cobre e petróleo, que são fundamentais para países como Chile, Peru e Colômbia.
Os analistas observam que, embora os indicadores de atividade permaneçam resilientes, a incerteza decorrente do comércio global e do sentimento de mercado poderia pesar sobre as perspectivas econômicas da região.
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