Investing.com — O acordo comercial do governo Trump com a China no início desta semana ocorreu mais rápido do que o previsto e reduz as chances de uma recessão nos EUA, segundo analistas da BCA Research.
Ainda assim, os estrategistas liderados por Peter Berezin afirmaram que uma recessão na maior economia do mundo continua sendo seu "cenário base", observando que a taxa efetiva de tarifas dos EUA permanece no nível mais alto desde a década de 1930.
"Embora as tarifas tenham recuado, elas ainda são altas o suficiente para pesar sobre o crescimento, especialmente considerando que o impulso econômico subjacente nos EUA estava enfraquecendo ao entrar em 2025", disseram os analistas em nota aos clientes.
Na segunda-feira, Washington e Pequim anunciaram que chegaram a um acordo que reduziria suas respectivas tarifas extremamente altas e suspenderia as cobranças por 90 dias.
A medida ocorre depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas elevadas de pelo menos 145% sobre a China, levando Pequim a responder com suas próprias tarifas retaliatórias de 125%.
Após o acordo, as tarifas dos EUA sobre a China foram reduzidas para 30%, incorporando uma taxa básica de 10% e tarifas separadas de 20% relacionadas ao suposto papel de Pequim no fluxo do fentanil, droga ilegal. A China, por sua vez, cortou suas tarifas sobre itens americanos para 10%.
Após um aumento inicial no início desta semana, na esteira do anúncio comercial e dados de inflação dos EUA mais brandos do que o previsto, as ações deram uma pausa na quarta-feira, com o índice de referência S&P 500 registrando apenas um ganho marginal.
"As ações não estão precificando muito risco de recessão, o que sugere que uma postura cautelosa em relação às ações é justificada", argumentaram os analistas da BCA Research, observando que as avaliações atuais "deixam pouco espaço para erro".
Eles recomendaram que os investidores reduzam o peso das ações americanas em relação à renda fixa. No entanto, sinalizaram que não têm "uma visão forte sobre a duração dos títulos dos EUA no momento", citando incertezas em torno das decisões de taxa de juros do Federal Reserve e o debate sobre um enorme projeto de orçamento dos EUA.
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