Investing.com — Legisladores republicanos no Congresso têm debatido e finalizado partes da legislação relacionada a cortes de impostos e reduções de gastos no projeto "grande e bonito" do presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto correm para aprovar a medida antes do feriado de Memorial Day.
O projeto seguiria então para o Senado, com Trump visando assiná-lo como lei até 4 de julho.
Crucialmente, os republicanos, que controlam ambas as câmaras do Congresso, poderão utilizar uma regra conhecida como "reconciliação", que permite contornar o limite de obstrução de 60 votos. Isso significaria que o Partido Republicano poderia aprovar o projeto de Trump sem apoio dos democratas.
Mas relatórios da mídia sugeriram que houve grandes desacordos dentro do partido republicano, com alguns legisladores desconfortáveis com reduções profundas em programas governamentais de saúde como o Medicare, e outros reclamando que não está sendo feito o suficiente para redimensionar a dívida americana de mais de US$ 36 trilhões.
De acordo com o Wall Street Journal, os republicanos também têm divergido sobre propostas para eliminar gradualmente os créditos fiscais para produtores de energia renovável, que foi um pilar importante da Lei de Redução da Inflação do ex-presidente Joe Biden em 2022. Alguns republicanos querem que esses créditos sejam imediatamente cortados, enquanto outro grupo de representantes do Partido Republicano está frustrado com a descontinuação desses benefícios, disse o WSJ.
Enquanto isso, republicanos de estados com alta tributação como Califórnia e Nova York registraram suas preocupações sobre os limites revisados para deduções de impostos estaduais e locais — ou SALT.
No conjunto, relatórios indicam que os principais pilares da legislação orçamentária de Trump — que veriam a extensão dos cortes de impostos instituídos durante o primeiro mandato do presidente — podem adicionar cerca de US$ 36,2 trilhões à dívida do país na próxima década. Os próprios cortes de impostos custariam US$ 3,72 trilhões, informou a Reuters.
"O projeto [...] cumpre muitas das promessas de campanha de Trump (como nenhum imposto sobre gorjetas ou horas extras, dedução para idosos e juros dedutíveis em empréstimos para automóveis), lida com SALT, fornece grandes incentivos para despesas de capital, reduz os subsídios renováveis na Lei de Redução da Inflação, e propõe uma série de aumentos de impostos para compensar o custo de novos cortes", disseram analistas da Piper Sandler em nota aos clientes.
A corretora estimou que a legislação expandiria o déficit orçamentário "significativamente" no curto prazo — em 0,2% do produto interno bruto no ano fiscal de 2025 e cerca de 0,9% do PIB no ano seguinte.
Ainda assim, o projeto pode mudar várias vezes antes de sua aprovação final, observaram os analistas da Piper Sandler, acrescentando que os comitês da Câmara terão a chance de "marcar" — ou debater, emendar ou reescrever a legislação — nos próximos dias. O Senado também terá seu próprio rascunho que precisará ser reconciliado com a versão da Câmara.
"Ainda acreditamos que este pacote de reconciliação está no caminho certo para ser aprovado antes do recesso de agosto", previram os analistas.
(Reuters contribuiu com a reportagem.)
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