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TREASURIES-Rendimentos oscilam pouco antes de negociações comerciais de EUA e China

Reuters9 de mai de 2025 às 22:25

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

- Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA ficaram estáveis nesta sexta-feira, com volume menor que o normal no mercado, enquanto investidores aguardavam as negociações entre o governo Trump e a China no fim de semana, em Genebra, sobre tarifas comerciais.

O rendimento do Treasury de 10 anos US10YT=RR --referência global para decisões de investimento-- ficou estável, em 4,374%, mas subiu 5,6 pontos-base no acumulado da semana, na segunda semana consecutiva de ganhos. O retorno do título de 30 anos US30YT=RR também pouco variou, ficando em 4,833%, acumulando alta de 4,3 pontos-base na semana, também a segunda consecutiva de ganhos.

Na ponta curta da curva, o rendimento de dois anos US2YT=RR --que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- caiu 1 ponto-base, para 3,885%, após atingir o pico de três semanas na quinta-feira. Na semana, o rendimento avançou 4,5 pontos-base, também na segunda semana de ganhos.

Agentes disseram que houve nesta sexta-feira um pouco de cobertura de posições vendidas em títulos do Tesouro, após uma liquidação na quinta-feira que elevou os rendimentos às máximas de várias semanas, em meio a um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido.

O acordo foi o primeiro desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas globais em 2 de abril, desencadeando uma recuperação nas ações norte-americanas e no dólar. Também ajudou a reduzir os preços dos títulos do Tesouro e a elevar os rendimentos, à medida que os investidores buscavam assumir mais riscos.

A Suíça está entre os países que buscam fechar um acordo rápido para reduzir as tarifas, e a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, disse que estava na frente da fila após discussões "positivas".

"O risco de não cedermos em nenhum dos grandes números de 2 de abril está diminuindo. É nisso que o mercado está se consolando, mesmo sem clareza total", disse Vishal Khanduja, chefe de renda fixa para mercados amplos da Morgan Stanley Investment Management em Boston.

"Espero que esses pequenos tratados que estamos elaborando tragam mais clareza não apenas para outras nações, mas também para o mercado, sobre qual é o ponto de partida e o ponto final dessas tarifas."

Antes das negociações com a China, Trump disse nesta sexta-feira que uma tarifa de 80% sobre produtos chineses "parece correta", fazendo sua primeira sugestão de uma alternativa específica às taxas de 145% que ele impôs à China.

Porém, Mike Venuto, cofundador e diretor de investimentos do Tidal Financial Group em Nova York, não estava otimista sobre as próximas negociações com a China.

"Levará mais tempo do que gostaríamos. Eu esperaria mais incerteza, porque acordos comerciais, mesmo quando há bons parceiros trabalhando de boa-fé, levarão um ano para serem fechados", disse.

"O que vimos até agora é simplesmente simbólico. Há muita madeira para cortar. As pessoas estão apenas procurando por qualquer boa notícia que seja mais ou menos sustentável."

Após o acordo comercial com o Reino Unido, o mercado futuro reduziu as chances de um corte de juros na reunião de política monetária de 29 e 30 de julho para 60%, ante cerca de 70% na quarta-feira, segundo cálculos do LSEG. O mercado também prevê uma flexibilização de cerca de 68 pontos-base neste ano, ante 82 pontos-base na quarta-feira.

(Reportagem de Gertrude Chavez-Dreyfuss)

((Tradução Redação São Paulo))

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