Investing.com — O ministro das Finanças do Japão, Katsunoby Kato, afirmou na sexta-feira que o enorme volume de títulos do Tesouro americano detidos pelo país está entre as ferramentas que poderiam ser utilizadas nas negociações comerciais com os Estados Unidos.
Porém, Kato especificou que a questão de realmente considerar usá-los para negociar é um assunto diferente.
Seus comentários — feitos durante um programa de televisão — ocorreram enquanto autoridades de alto nível do Japão e dos EUA se reuniam em Washington para uma segunda rodada de negociações comerciais bilaterais.
Kato observou que o principal objetivo das participações japonesas em títulos do Tesouro — que ultrapassam US$ 1 trilhão e são as maiores do mundo — é garantir liquidez suficiente para apoiar o iene através de intervenções.
"Mas obviamente precisamos colocar todas as cartas na mesa nas negociações. Isso poderia estar entre essas cartas", disse Kato, segundo comentários divulgados pela Reuters. "Se realmente usaremos essa carta, no entanto, é uma questão diferente."
Seus comentários marcam uma reversão acentuada em relação ao mês passado, quando Kato descartou a possibilidade de usar as participações em títulos do Tesouro nas negociações comerciais.
Os títulos do Tesouro dos EUA sofreram uma forte queda após o presidente Donald Trump anunciar tarifas recíprocas no início de abril, o que despertou preocupações elevadas sobre a economia americana.
Mas a venda massiva de títulos do Tesouro foi uma das principais motivações para Trump anunciar uma pausa de 90 dias em seu plano de tarifas recíprocas.
O dólar também sofreu fortes quedas em abril, já que as constantes mudanças de posição de Trump em sua agenda tarifária reduziram a confiança dos investidores na maior economia do mundo.
O Japão enfrenta tarifas de 24% sob a agenda de Trump, o que o país condenou. Embora as tarifas de 24% estejam adiadas pelo menos até julho, o Japão ainda precisa lidar com uma tarifa universal de 10% e uma taxa de 25% sobre automóveis, uma exportação-chave para os Estados Unidos.
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