Por Karen Brettell
29 Abr (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries de referência de 10 anos caíam pelo sexto dia consecutivo nesta terça-feira, atingindo a mínima de três semanas, depois que dados mostraram que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos caíram com força em março, enquanto a confiança do consumidor atingiu o menor nível em quase cinco anos.
As vagas de emprego em aberto, uma medida da demanda de mão de obra, diminuíram em 288.000, para 7,192 milhões no último dia de março, embora um declínio nas demissões indique que o mercado de trabalho permaneceu sólido.
A confiança do consumidor dos EUA caiu em abril, já que as preocupações crescentes com as tarifas pesaram sobre as perspectivas econômicas.
"De modo geral, os dados estão ficando mais fracos", disse Tom di Galoma, diretor administrativo do Mischler Financial Group. "Essa é uma das principais razões pelas quais os mercados estão apontando para juros mais baixos."
Os investidores estão concentrados na divulgação de dados nesta semana, culminando com o relatório de empregos de abril na sexta-feira, em busca de sinais de que a economia está desacelerando, o que pode aumentar as apostas de que o Federal Reserve está mais próximo de reduzir os juros.
Operadores de juros futuros estão precificando 61% de chances de um corte na taxa de juros até junho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. As autoridades do Fed estão em período de silêncio antes da reunião de 6 e 7 de maio, quando os operadores veem apenas 7% de chance de um corte nos juros.
O rendimento das notas de referência de 10 anos dos EUA US10YT=RR caía 3,5 pontos-base, a 4,181%, o menor valor desde 8 de abril.
A taxa da nota de 2 anos US2YT=RR, que normalmente acompanha as expectativas da taxa de juros, perdia 2,5 pontos-base, para 3,66%, depois de atingir 3,656%, mínima desde 7 de abril.
A curva de rendimento entre as notas de dois e 10 anos US2US10=TWEB se inclinou em cerca de 1 ponto-base, chegando a 52,5 pontos-base.
Os participantes do mercado continuam nervosos com o impacto das tarifas, embora o mercado tenha se estabilizado após uma forte liquidação neste mês, depois que Trump anunciou taxas maiores do que as esperadas sobre os parceiros comerciais.
A maior parte desses aumentos foi adiada até 9 de julho e os investidores estão esperançosos de que os EUA cheguem a acordos comerciais antes desse prazo.
((Tradução Redação São Paulo))
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