Investing.com — As perspectivas de uma reaproximação significativa nas relações entre EUA e China estão diminuindo, já que ambos os países aceleram esforços para desmantelar os laços econômicos remanescentes, segundo uma nova nota da Capital Economics.
"O desacoplamento entre EUA e China está em alta velocidade", escreveram os analistas, apontando para a rápida escalada de tarifas e novas barreiras não tarifárias que sinalizam uma mudança da fricção estratégica para um desengajamento econômico amplo.
"As tarifas elevadas agora impostas em ambas as direções são consistentes com a cessação da maior parte do comércio bilateral no espaço de alguns anos", escreveu a firma.
Embora o presidente Donald Trump tenha expressado abertura para negociar um acordo com a China, a Capital Economics permanece cética.
"Trump sinalizou repetidamente que está disposto a fazer um acordo, embora queira que a China dê o primeiro passo", observou a firma. "No entanto, não contaríamos com qualquer acordo substantivo que redefina a relação EUA-China."
Os desenvolvimentos mais recentes incluem controles de exportação mais rígidos dos EUA sobre semicondutores avançados e a resposta da China ao interromper as entregas da Boeing (NYSE:BA) e suspender serviços postais de encomendas para os Estados Unidos.
"O risco é que a disputa tarifária agora se amplie para abranger uma variedade crescente de barreiras não tarifárias e movimentos mais amplos de desacoplamento", alertaram os analistas.
Olhando para o futuro, os fluxos de investimento podem se tornar o próximo campo de batalha, segundo a Capital Economics.
Eles afirmam que a "Política de Investimento América Primeiro", lançada em fevereiro, delineia possíveis medidas como a retirada de empresas chinesas das bolsas americanas e a restrição de fluxos de capital em ambas as direções.
"Se o desacoplamento continuar nesse ritmo, o próximo grande alvo provavelmente serão os fluxos de investimento", disse o relatório.
Embora ainda reste alguma esperança para negociações, o impulso mais amplo parece favorecer a separação.
"Muitos em Washington não querem isso e prefeririam ver mais desacoplamento", escreveu a Capital Economics. "Alguns funcionários chineses provavelmente têm visões semelhantes, mesmo que sejam menos propensos a admiti-lo publicamente."
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