TREASURIES-Rendimentos ficam estáveis enquanto mercado aguarda detalhes sobre tarifas dos EUA

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK, 31 Mar (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries estavam estáveis nesta segunda-feira, recuperando-se de quedas anteriores, conforme investidores aguardavam detalhes da política comercial dos Estados Unidos com a aproximação do prazo final das tarifas do presidente Donald Trump.

Trump disse no domingo que as tarifas recíprocas que ele deve anunciar esta semana incluirão todas as nações, e não apenas um grupo menor de 10 a 15 países com os maiores desequilíbrios comerciais.

Ele prometeu revelar um plano tarifário maciço na quarta-feira, que ele apelidou de "Dia da Liberação". Trump já impôs tarifas sobre alumínio, aço e automóveis, além de ter elevado as tarifas sobre todos os produtos da China.

Mais cedo, os rendimentos caíram e as ações dos EUA recuaram acentuadamente, conforme os comentários de Trump no fim de semana aumentaram os temores de recessão, com sua retórica tarifária deixando os mercados nervosos durante semanas.

O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=TWEB estava estável em 4,255%, depois de cair para 4,184%, seu nível mais baixo desde 20 de março.

O Goldman Sachs aumentou a probabilidade de uma recessão nos EUA de 20% para 35%, disse que espera três cortes consecutivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve a partir de julho e reduziu sua projeção de crescimento do PIB em 2025 de 2% para 1,5%.

Na sexta-feira, dados mostraram que os gastos dos consumidores dos EUA se recuperaram menos do que o esperado em fevereiro, enquanto uma medida de preços subjacentes aumentou mais do que o esperado em 13 meses.

O retorno dos títulos de 30 anos US30YT=TWEB caía 1 ponto-base, para 4,622%.

Enquanto isso, a curva de juros, medida pelo spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB, estava em 32,9 pontos-base.

O yield da nota de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente acompanha as expectativas para a taxa de juros, subia 1,4 ponto-base, para 3,924%, mas ainda está a caminho da terceira queda mensal consecutiva.

((Tradução Redação Brasília))

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