TREASURIES-Rendimentos sobem à medida que os investidores avaliam dados e impacto das tarifas

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK, 5 Mar (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries estavam, em sua maioria, em alta nesta quarta-feira, com os investidores avaliando um conjunto misto de dados econômicos e, ao mesmo tempo, as incertezas em torno das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os principais parceiros comerciais.

Os rendimentos caíram inicialmente depois que o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou abertura de apenas 77.000 vagas de emprego no setor privado dos EUA no mês passado, bem abaixo da estimativa de 140.000 dos economistas consultados pela Reuters, após 186.000 em janeiro.

Os dados foram os mais recentes de uma série de relatórios econômicos que levantaram preocupações sobre uma economia em desaceleração e aumentaram as expectativas do mercado quanto ao momento e à magnitude dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve este ano.

Mas os rendimentos inverteram o curso depois que o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) disse que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro dos EUA subiu para 53,5 no mês passado, acima da previsão de 52,6 em uma pesquisa da Reuters e dos 52,8 em janeiro. Uma leitura acima de 50 significa expansão.

Juntamente com as preocupações sobre a desaceleração da economia, a incerteza gira em torno dos anúncios de tarifas de Trump e seu efeito sobre os preços, bem como o impacto sobre o mercado de trabalho das ações do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), sob a direção de Elon Musk, para reduzir o tamanho do governo federal.

O rendimento da nota de referência de 10 anos US10YT=TWEB subia 4,9 pontos-base, para 4,259%. A taxa do título de 30 anos US30YT=TWEB ganhava 5 pontos-base, para 4,566%.

As expectativas do mercado de que o Fed pode ter margem para mais cortes nas taxas este ano do que se pensava recentemente, devido à desaceleração da economia, têm aumentado.

Os operadores agora estão precificando 73 pontos-base de cortes pelo banco central dos EUA este ano, contra menos de 50 pontos-base de redução antes, de acordo com dados da LSEG.

((Tradução Redação São Paulo))

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