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Tarifas norte-americanas sobre México suspensas durante um mês, diz Trump

Reuters3 de fev de 2025 às 16:20

- O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai suspender a aplicação de novas tarifas ao México durante um mês, após o México ter concordado em reforçar a sua fronteira norte com 10.000 membros da Guarda Nacional, para travar o fluxo de drogas ilegais, em particular o fentanil, disse, esta segunda-feira, nas redes sociais.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse que o acordo também inclui um compromisso dos Estados Unidos de agir para impedir o tráfico de armas de alta potência para o México. Os dois líderes falaram ao telefone, esta segunda-feira, poucas horas antes da entrada em vigor das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao México, à China e ao Canadá.

Os dois países usarão a pausa de um mês para se envolver em novas negociações, disse Trump.

As acções norte-americanas e outros mercados financeiros globais caíram devido à iminência de tarifas, enquanto que os líderes mundiais reagiram às ameaças de Trump de expandir as tarifas também para a UE.

A S&P 500 caiu 1,7% no sino de abertura, na sequência das maiores perdas diárias do ano numa série de bolsas asiáticas e europeias, devido aos receios de uma economicamente prejudicial guerra comercial.

Trump disse, esta segunda-feira, que tinha falado com o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau e que o faria novamente às 2000 TMG. Tanto o Canadá como o México anunciaram as suas próprias tarifas de retaliação. As tarifas aplicadas ao Canadá e à China deverão entrar em vigor na terça-feira.

Em declarações em Washington, no domingo, após regressar da sua propriedade em Mar-a-Lago, Trump indicou que a UE, de 27 países, seria a próxima a ser atingida, mas não disse quando.

Os líderes da UE, reunidos numa cimeira informal em Bruxelas, esta segunda-feira, afirmaram que a Europa estaria preparada para ripostar se os Estados Unidos impusessem tarifas, mas também apelaram à razão e à negociação.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que, se a UE for atacada nos seus interesses comerciais, terá de "fazer-se respeitar e reagir".

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse que o bloco poderia responder, se necessário, com as suas próprias tarifas contra os Estados Unidos, mas sublinhou que era melhor para os dois chegarem a um acordo sobre comércio.

Trump deu a entender que o Reino Unido, que deixou a UE em 2020, poderia ser poupada das tarifas, ao dizer: "Acho que esse pode ser resolvido".

Os Estados Unidos são o maior parceiro comercial e de investimento da UE. Segundo dados do Eurostat de 2023, os Estados Unidos tinham um défice de 155,8 mil milhões de euros (161,6 mil milhões de dólares) com a UE no comércio de mercadorias, compensado por um excedente de 104 mil milhões de euros nos serviços.

A chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que não há vencedores numa guerra comercial e que, se esta se desencadear entre a Europa e os Estados Unidos, "quem se vai rir de lado é a China".

Texto integral em inglês: nL1N3OU0M3

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