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Presidente do Fed de Chicago comemora dados de inflação, mas vê tarifas com preocupação

Reuters31 de jan de 2025 às 18:34

Texto atualizado com falas do presidente do Fed de Chicago e mais informações

- O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, disse que os dados de inflação desta sexta-feira foram um pouco melhores do que o esperado e o ajudam a ter certeza de que a inflação está a caminho da meta de 2%, acrescentando que ainda espera que a taxa de juros seja "um pouco" menor em 12 a 18 meses do que é hoje.

Ainda assim, "há um ponto de interrogação que vem da incerteza política", disse Goolsbee à CNBC, inclusive sobre o impacto das tarifas de importação que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que implementará a parceiros comerciais como México e Canadá já no sábado.

"Se isso afeta os preços, isso nos afeta... nosso sinal fica um pouco confuso quando acontecem coisas que aumentam os preços."

Goolsbee disse que concorda com o chair do Fed, Jerome Powell, que na quarta-feira disse que não deve haver "pressa" em fazer novos cortes nos juros, dada a necessidade de ver mais progresso na inflação. Powell falou depois que o banco central norte-americano anunciou que havia deixado sua taxa de juros de referência inalterada na faixa atual de 4,25% a 4,50%.

Embora as tarifas teoricamente imponham um aumento único nos preços que não necessariamente exija uma resposta da política monetária, Goolsbee disse que "a dificuldade que teremos aqui, neste período próximo, é que se a política coletiva estiver aumentando os preços, teremos que descobrir qual parte da inflação é a parte que a política monetária deve analisar e qual parte é um sinal da economia".

Goolsbee, cujo banco regional do Fed acompanha de perto a região do Meio-Oeste norte-americano, incluindo Detroit, disse que executivos do setor automotivo lhe disseram que estão preocupados com o que as tarifas podem fazer com seus preços ou margens de lucro.

"E temos que resolver isso antes de podermos expressar confiança sobre onde estamos na economia subjacente", disse Goolsbee.

(Por Ann Saphir)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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