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O domínio de 50% da Tesla no mercado de veículos elétricos dos EUA é prejudicial, afirma o CEO da Rivian.

Cryptopolitan21 de dez de 2025 às 13:44

O CEO da Rivian entrou de cabeça na conversa que todos estão evitando, dizendo que o mercado de veículos elétricos dos EUA não pode crescer enquanto uma única empresa detiver metade dele.

RJ Scaringe destacou esse ponto ao apresentar o programa de Autonomia e IA da Rivian em 11 de dezembro, onde a empresa expôs toda a sua infraestrutura tecnológica e reforçou seu plano de construir internamente todos os sistemas principais.

RJ fundou a Rivian em 2011, abriu o capital da empresa em 2021, viu as ações subirem para US$ 120 por ação e, em seguida, caírem para US$ 18 no momento da publicação desta notícia.

A Rivian apresentou lucro bruto nos últimos trimestres, mas o lucro líquido continua a diminuir , e a empresa recentemente arrecadou quase US$ 6 bilhões de uma joint venture com a Volkswagen.

A Rivian constrói os próximos sistemas de autonomia usando hardware e software próprios.

RJ disse que o esforço em direção à autonomia começou logo após o lançamento da primeira geração de veículos da Rivian, no final de 2021. No início de 2022, a equipe percebeu que precisava de uma reformulação completa.

“Queríamos começar do zero”, disse ele. Então, a empresa reconstruiu o sistema de câmeras, redesenhou o hardware de computação e estruturou toda a infraestrutura em torno de um design que prioriza a inteligência artificial.

Essas escolhas impulsionaram os veículos de segunda geração da Rivian, lançados em meados de 2024 com quase 10 vezes mais poder de processamento do que a primeira geração, câmeras de 55 megapixels e múltiplos radares, criando um fluxo de dados massivo que treina o modelo da Rivian.

A plataforma Gen 3 utiliza um chip próprio que processa 5 bilhões de pixels por segundo, cerca de cinco vezes mais rápido que os melhores chips disponíveis atualmente no mercado. "Isso nos permite construir o modelo de forma mais eficiente e rápida", disse RJ.

A Rivian já oferece direção semiautônoma universal, semelhante ao Super Cruise da GM, e planeja expandir o recurso para mais vias. Em 2026, a Rivian adicionará um modo "ponto a ponto" para viagens totalmente supervisionadas. Depois disso, virá o modo "sem olhar", onde o motorista se torna um passageiro.

A etapa final é o Nível 4 pessoal, que permite que o veículo funcione completamente sozinho, mesmo sem ninguém dentro. RJ disse que o objetivo é atender a necessidades como buscar as crianças na escola, levá-las ao aeroporto e fazer compras no supermercado.

Ele também explicou por que a Rivian fabrica seus próprios chips em vez de usar chips da Nvidia. "Tomamos a decisão, há muitos anos, de construir toda a nossa plataforma de software internamente", disse ele.

A empresa investiu centenas de milhões e contratou milhares de pessoas para construir seus sistemas internos. A Rivian fez uma parceria com a TSMC para fabricar os chips.

RJ afirmou que a configuração proporciona à Rivian melhor desempenho para robótica baseada em visão e suporta um ciclo de treinamento que exige enorme poder de processamento gráfico (GPU).

A Rivian trilha seu próprio caminho, ao mesmo tempo que compara sua abordagem à da Tesla.

O Yahoo Finance perguntou se a Rivian conseguiria alcançar o programa FSD da Tesla. RJ disse que o objetivo é ser de classe mundial e concordou que a abordagem da Tesla utiliza as ferramentas certas.

Ele afirmou que ambas as empresas utilizam redes neurais, treinamento de ponta a ponta, aprendizado por reforço em tempo real e enormes fluxos de dados de veículos de clientes. A Rivian ainda acredita em uma combinação de sensores, em vez de apenas câmeras.

“Ao incluir radar e lidar, conseguimos transformar toda a frota em uma frota de referência”, disse ele. Cada Rivian em circulação envia dados para ajudar a treinar o sistema.

Sobre o setor, RJ disse que a perda do crédito fiscal para veículos elétricos no quarto trimestre tornou as coisas mais difíceis. Muitas montadoras estão reduzindo seus investimentos, o que, segundo ele, diminui as opções para o consumidor e prejudica o mercado. Essa queda na concorrência permite que a Tesla detenha cerca de 50% do segmento de veículos elétricos nos EUA com preço abaixo de US$ 50.000. "Isso não reflete um setor saudável", afirmou.

RJ argumentou que os EUA não podem passar de uma adoção de veículos elétricos de 8% para 25%, 30% ou mesmo 100% sem mais de uma opçãotron. Ele disse que o R2 da Rivian será uma dessas opções, mas espera que outras empresas também entrem no mercado.

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