Os Ministros das Finanças do Grupo BRICS de Nações em Desenvolvimento pediram uma revisão do FMI que redistribuirá os direitos de voto e encerrará uma tradição de colocar um europeu no comando do fundo.
A proposta unificada, que é a primeira para a organização em crescimento que aspira a representar o sul global, será discutida em uma reunião do FMI ainda este ano que revisará o sistema de cotas atual.
Os ministros das Finanças dos países que formam o BRICS Bloc estão pedindo reformar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em uma declaração conjunta que apresenta sua posição compartilhada sobre o assunto pela primeira vez, conforme relatado pela Reuters.
A introdução de uma nova fórmula para distribuir direitos de voto e encerrar uma regra informal para nomear a gestão européia do fundo faz parte da proposta, aprovada em uma reunião anterior à Cúpula dos Líderes no Brasil no domingo.
Os ministros se reuniram no Rio de Janeiro no sábado e concordaram em apoiar a posição unificada para a próxima reunião do FMI em dezembro, dedicada a revisar mudanças no sistema de cotas do fundo que também determina as contribuições.
Insistindo que o novo mecanismo de distribuição deve aumentar as cotas para os países em desenvolvimento, os funcionários do governo da BRICS declararam:
"O realinhamento da cota deve refletir as posições relativas dos membros na economia global, protegendo as ações da cota dos membros mais pobres".
A fórmula revisada deve ser ponderada pela produção econômica e pelo poder de compra, ao levar em consideração o valor relativo das moedas, enfatizaram os ministros das Finanças. Isso deve representar melhor os países de baixa renda, de acordo com um funcionário brasileiro, citado no relatório.
A BRICS , fundada pelo Brasil, Rússia, Índia e China, realizou sua primeira reunião ministerial em 2006 e sua primeira cúpula em 2009, antes de a África do Sul ingressar no grupo em 2010. A organização adicionou desde então o Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos como membros completos.
Em 2024, convidou a Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã para participar como "países parceiros", trazendo o total de nações envolvidas para 23.
"Isso acrescentou uma influênciamatic ao grupo, que visa falar para os países em desenvolvimento no sul global, instando as reformas de instituições há muito dominadas pelas potências ocidentais tradicionais", observou Reuters.
Nesse contexto, o BRICS também propõe acabar com uma tradição histórica de escolher um europeu para chefiar o Fundo Monetário Internacional. Seus ministros das Finanças deixaram isso claro em sua declaração:
"Com total respeito a um processo de seleção baseado em mérito, a representação regional deve ser aprimorada para a gestão do FMI, superando o acordo de cavalheiros da Segunda Guerra Mundial que é inadequado para a ordem mundial atual".
O documento também confirmou planos para estabelecer um novo mecanismo de garantia apoiado pelo novo Banco de Desenvolvimento ( NDB ) do grupo, que deve reduzir os custos de financiamento e aumentar o investimento em países em desenvolvimento.
O principal papel do NDB financiado pelo BRICS é apoiar projetos públicos e privados por meio de empréstimos, garantias e outros instrumentos financeiros. O banco de Xangai foi estabelecido há uma década e tem uma dúzia de membros agora, expandindo seu escopo além do BRICS.
Na sexta -feira, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, que também está no Brasil, revelou que os ativos financeiros das nações do BRICS superaram US $ 60 trilhões e pediram trac capital, inclusive empregando ativos financeiros digitais.
Enquanto isso, o vice -ministro das Finanças da Indonésia, Thomas Djiwandono, foi citado pela Agência de Notícias Antara como afirmando que o banco de desenvolvimento do BRICS não evoluirá para uma instituição dominante como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial.
Falando à mídia indonésia no Rio, ele elaborou que a abordagem do BRICS da governança, que enfatiza a igualdade e o respeito mútuo entre os Estados -Membros, diferencia o NDB das instituições financeiras globais tradicionais.
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