Por Alexandra Alper
WASHINGTON, 11 Jun (Reuters) - David Sacks, conhecido como o "czar" da inteligência artificial da Casa Branca, minimizou na terça-feira o risco de que os chips de IA norte-americanos possam ser contrabandeados e expressou preocupação com o fato de que o excesso de regulamentações sobre a tecnologia pode sufocar seu crescimento e fomentar perda de mercado para a China.
"Falamos sobre esses chips como se eles pudessem ser contrabandeados no fundo de uma pasta. Não é assim que eles se parecem. São racks de servidores com mais de dois metros de altura e duas toneladas de peso", disse Sacks em evento da empresa de computação em nuvem da Amazon, AWS, em Washington.
As declarações sugerem que a abordagem do presidente Donald Trump em relação à IA pode estar centrada na expansão de mercados. O ex-presidente norte-americano Joe Biden havia enfatizado políticas que reduziam os riscos de que os microprocessadores pudessem ser desviados para a China e usados em sistemas das forças armadas de Pequim.
"Preocupo-me com o fato de estarmos em uma trajetória em que o medo pode superar a oportunidade e acabarmos prejudicando esse maravilhoso progresso que estamos vendo", disse Sacks, citando uma série de projetos de lei em legislaturas estaduais que buscam regulamentar a IA.
Trump rescindiu o decreto de Biden, que tinha como objetivo promover a concorrência, proteger os consumidores e garantir que a IA não fosse usada para desinformação. Ele também revogou a chamada regra de difusão de IA de Biden, que limitava a quantidade de capacidade de computação de IA norte-americana que alguns países podiam obter por meio de importações.
O governo Trump e os Emirados Árabes Unidos também anunciaram um plano no mês passado para que o país do Golfo construa o maior campus de inteligência artificial fora dos EUA depois que Biden, em 2023, estabeleceu regras que restringiram a maioria dos embarques de chips de IA para a região.
((Tradução Redação Barcelona))
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