Na sexta-feira passada, a mídia chinesa informou que o Alibaba demitiu dezenas de funcionários de sua divisão do metaverso. A gigante do comércio eletrônico seguiu os passos da Tencent e da ByteDance, que reduziram suas divisões de metaverso e realidade virtual.
Yuanjing, a divisão de metaverso e jogos em nuvem do Alibaba, está passando por uma grande reestruturação com o objetivo de otimizar os negócios e melhorar a eficiência. As demissões fazem parte dessa estratégia, já que o setor do metaverso esfriou drasticamente.
As demissões terão um impacto direto nas operações da divisão do metaverso do Alibaba em Xangai e Hangzhou. No entanto, Yuanjiang se concentrará no desenvolvimento de aplicativos e ferramentas que atendam ao setor do metaverso. Além disso, a divisão continuará a oferecer serviços à sua clientela do metaverso. Yuanjing tem projetos contínuos de jogos em nuvem e iniciativas de código aberto como GeoLRM, que se concentra na geração 3D. Outro projeto, denominado ViViD, desenvolve tecnologias de teste virtual.
Yuanjing foi criado durante a corrida de touros de 2021, no auge da agitação do metaverso. A divisão recebeu bilhões de yuans chineses em investimentos e contratou centenas de funcionários. Durante esse período, outros gigantes da tecnologia chineses como Tencent, ByteDance e Kuaishou correram para registrar marcas registradas do metaverso junto à Administração Nacional de Propriedade Intelectual, na esperança de acompanhar a tendência da Web3.
Outras empresas sediadas nos EUA, como o Facebook, mudaram a marca para Meta na tentativa de garantir uma grande participação de mercado no setor do metaverso.
Desde o lançamento do ChatGPT da OpenAI, as principais corporações de tecnologia em todo o mundo têm se concentrado principalmente no setor de inteligência artificial. Reduziram outras divisões e realocaram capital para apoiar o desenvolvimento e o crescimento da IA.
No início de 2023, a Tencent dissolveu sua equipe de realidade estendida (XR), que contava com 300 pessoas. Sua equipe XR estava desenvolvendo software e hardware para o metaverso, porém, o projeto não deverá ser lucrativo até 2027, de acordo com uma previsão interna.
Reality Labs, uma divisão da Meta de Mark Zuckerberg, relatou perdas superiores a US$ 4,4 bilhões. A divisão é responsável pelo desenvolvimento de hardware como os headsets Quest VR e outros softwares do metaverso. O Reality Labs conseguiu gerar apenas US$ 270 milhões em receita. O valor das ações da META caiu 3% após a divulgação do relatório de lucros da empresa.
Hoje, a capitalização de mercado dasmoedas do metaverso é de US$ 6,9 bilhões, o que é minúsculo em comparação com a capitalização de mercado coletiva das 10 principais criptomoedas, avaliadas em US$ 2,1 trilhões.