O Kuwait bloqueou o lançamento de Call of Duty: Black Ops 6 no país. Os jogadores que compraram o jogo por meio de pré-encomendas tiveram seus pedidos cancelados e suas compras reembolsadas. A decisão está ligada aos elementos do jogo da Guerra do Golfo envolvendo o Kuwait no início dos anos 1990.
Call of Duty: Black Ops 6 é um dos jogos mais esperados deste ano. O jogo de tiro em primeira pessoa será lançado em 25 de outubro. Ele se tornará o sétimo jogo da série Black Ops de Call of Duty e está atualmente disponível para pré-encomenda na edição padrão/cross-gen ou na edição vault.
Call of Duty: Black Ops 6 NÃO será lançado no Kuwait 🚫
A Activision afirma que todas as encomendas do Kuwait serão canceladas e reembolsadas.
Eles estão “esperançosos de que as autoridades locais reconsiderem e permitam que os jogadores no Kuwait enj esta experiência totalmente nova na série Black Ops”. pic.twitter.com/gYojO6XmCE
– ModernWarzone (@ModernWarzone) 17 de outubro de 2024
A Activision confirmou que Call of Duty: Black Ops 6 não será lançado na região do Kuwait em um comunicado compartilhado com vários órgãos de notícias. A Activision também afirmou que as pré-encomendas do jogo na região foram canceladas e que seriam reembolsadas “no ponto de compra original”.
A editora do jogo Call of Duty não forneceu o motivo exato do cancelamento, apenas afirmando que esperava um lançamento futuro. A falta de informação acendeu um incêndio online, já que a editora deixou o assunto à especulação pública.
Os jogadores na Internet foram rápidos em vincular a situação de não liberação do Kuwait à ação do governo. Os jogadores especularam que o governo do Kuwait bloqueou o jogo devido a elementos e temas associados à Primeira Guerra do Golfo. Especula-se que o governo do Kuwait era contra a propaganda “progressista” incluída no jogo.
A especulação foi ainda reforçada com o uso de líderes mundiais que também atuaram como figuras-chave na guerra, como Saddam Hussein, Bill Clinton e George Bush, no trailer de revelação do jogo lançado em junho de 2024.
A Guerra do Golfo ocorreu entre 1990 e 1991, com o Iraque invadindo o Kuwait para assumir o controle do seu território e das reservas de petróleo. O conflito resultou em destruição e vítimas civis que levaram as partes internacionais a envolverem-se na libertação do Kuwait.
Desde o fim do conflito, o governo do Kuwait tem sido cauteloso na forma como os meios de comunicação revisitam tais temas, como é dent no caso de Call of Duty: Black Ops 6. A especulação online estipulou que o conteúdo relacionado com a Guerra do Golfo pode ser visto como desrespeitoso ou como reabrindo velhas feridas pelo governo do Kuwait.
No comunicado divulgado, a Activision afirmou que “continuaria esperançosa de que as autoridades locais reconsiderassem e permitiriam que os jogadores no Kuwait enj desta experiência totalmente nova na série Black Ops”.
A declaração sugeria que a Activision ainda estava esperançosa de poder negociar com o governo do Kuwait e permitir que o jogo alcançasse seu público global, apesar do revés inicial.
Com o jogo previsto para chegar às lojas em quase uma semana, os jogadores do Kuwait afirmaram que ainda não receberam uma declaração oficial do governo sobre o assunto. Alguns jogadores até compararam a situação com a da Rússia, onde os jogos Call of Duty foram proibidos durante anos.
Os jogadores apelaram à solidariedade contra a proibição de jogos, pois isso teria um impacto negativo nos jogos e promoveria situações matic no futuro.