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EXCLUSIVO-O maior polo de data centers do Japão está planejado para a província de Toyama - documento

Reuters19 de dez de 2025 às 06:21
  • Primeira fase, com capacidade para 400 megawatts, estará pronta até o final de 2028.
  • O mercado de data centers do Japão deverá dobrar até 2028, impulsionado por serviços de nuvem e IA.
  • Toyama oferece baixo risco de acidentes e energia mais barata para centros de dados.
  • A cidade de Nanto anunciará na sexta-feira um plano com a desenvolvedora.

Por Chang-Ran Kim

- Uma cidade no oeste do Japão planeja lançar o terceiro e maior cluster de data centers do país, com capacidade total de energia de 3,1 gigawatts, segundo um documento, enquanto a nação asiática corre para atender à crescente demanda por serviços relacionados à inteligência artificial.

A cidade de Nanto, na província de Toyama, perto do Mar do Japão, deverá anunciar na sexta-feira o plano em parceria com a empresa privada GigaStream Toyama, de acordo com um documento obtido pela Reuters.

O projeto, uma vez concluído, estará entre os maiores centros de dados do mundo e se compara ao projeto Stargate de 10 GW e US$ 500 bilhões da OpenAI.

A demanda por centros de dados está disparando, mas estabelecer um terceiro polo japonês resiliente a desastres, que siga os já existentes nos centros populacionais de Tóquio e Osaka, tem se mostrado difícil.

As duas regiões representam cerca de 85% dos centros de dados do Japão, e o governo afirmou que a diversificação regional é crucial para aliviar os gargalos nessas áreas.

Nanto fica a cerca de 250 km (155 milhas) de Tóquio e Osaka e é considerada uma área de baixo risco de desastres. De acordo com a Agência Meteorológica do Japão, Toyama está entre as prefeituras com o menor número de grandes terremotos.

HIPERESCALA

A primeira fase do Campus de Nanto suportaria cerca de 400 megawatts de capacidade de energia, equivalente a alguns dos maiores centros de dados do Japão anunciados até agora e capaz de atender operadores de hiperescala como Amazon AMZN.O, Microsoft MSFT.O e Google da Alphabet GOOGL.O.

De acordo com o plano público-privado, o local estará pronto para entrar em operação até o final de 2028.

De acordo com o documento, a GigaStream Toyama, que se concentra na preparação de infraestrutura para operadores de data centers — um modelo de negócios semelhante ao das empresas americanas Lancium e Tract — planeja começar a promover o Campus de Nanto na conferência do Pacific Telecommunications Council em Honolulu no próximo mês.

A empresa é liderada por Daniel Cox, um veterano com 25 anos de experiência no mercado de investimentos imobiliários japonês.

Autoridades da cidade de Nanto e da GigaStream Toyama se recusaram a comentar, dizendo que farão um anúncio em breve.

Impulsionado por serviços de nuvem e inteligência artificial, o mercado de data centers do Japão deverá quase dobrar, ultrapassando os 5 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões) nos cinco anos até 2028, de acordo com a empresa de pesquisa IDC Japan. O governo espera que o setor ajude a atingir a meta de atrair 120 trilhões de ienes em investimento estrangeiro direto até 2030, um aumento em relação aos 53,3 trilhões de ienes em 2024.

Diferentemente do leste do Japão, a energia é mais abundante e geralmente mais barata na região oeste, que é atendida por concessionárias como a Hokuriku Electric Power 9505.T, a Kansai Electric Power 9503.T e a Electric Power Development (J-Power) 9513.T e outros operadores menores.

A Hokuriku Electric, por exemplo, vende menos da metade de sua capacidade máxima de produção, mesmo sem considerar a usina nuclear de Shika, que está ociosa.

(US$ 1 = 155,47 ienes)

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