
CHICAGO, 9 Dez (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago atingiram seu nível mais baixo em mais de um mês nesta terça-feira, pressionados por preocupações sobre a escala da demanda chinesa por suprimentos dos EUA, juntamente com expectativas de grandes colheitas na América do Sul, disseram os operadores.
A pressão adicional veio da notícia de que a Argentina reduzirá as taxas de exportação de grãos, soja e produtos de soja nos próximos dias, acirrando a concorrência pelos negócios de exportação global.
O imposto argentino sobre as exportações de soja será reduzido de 26% para 24%, enquanto os subprodutos da soja serão taxados em 22,5%, ante 24,5%.
O contrato janeiro da soja SF26 caiu 6,50 centavos, a US$ 10,8726 por bushel, depois de atingir US$ 10,845, o menor valor do contrato desde 30 de outubro.
O Departamento de Agricultura dos EUA deixou inalterada sua previsão de estoques finais de soja dos EUA para 2025/26, em um relatório mensal de oferta e demanda, em 290 milhões de bushels, enquanto os analistas esperavam, em média, um aumento para 302 milhões.
O USDA manteve inalterada sua previsão de exportações de soja dos EUA para 2025/26, em 1,635 bilhão de bushels, um mínimo de 13 anos.
O USDA manteve sua estimativa da safra de soja 2025/26 do Brasil em um recorde de 175 milhões de toneladas métricas.
O milho fechou em alta após o USDA reduzir sua previsão de estoques de milho dos EUA em um valor maior do que o esperado pela maioria dos analistas, em meio à forte demanda de exportação, disseram operadores.
O contrato CH26 fechou em alta de 4,25 centavos, a US$ 4,48 por bushel, rompendo a resistência gráfica em sua média móvel de 200 dias, próxima a US$4,47.
Os contratos futuros de trigo fecharam em leve baixa na terça-feira, sustentados pela ampla oferta global de grãos, disseram operadores. O contrato março fechou em queda de 0,25 centavo, a US$5,345 por bushel.
(Reportagem de Julie Ingwersen)
((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS