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USDA corta perspectiva de exportação de soja dos EUA depois de China ter evitado embarques

Reuters14 de nov de 2025 às 20:29

Por Karl Plume

- O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduziu nesta sexta-feira sua estimativa de exportação de soja dos EUA para a atual safra, depois que a China, o maior importador do mundo, evitou em grande parte os embarques norte-americanos em favor dos suprimentos sul-americanos, em meio à guerra comercial de Pequim com Washington.

O USDA projetou exportações de 1,635 bilhão de bushels para o ano comercial de 2025/26 (setembro/agosto), 50 milhões de bushels abaixo da estimativa de setembro, refletindo uma queda de 13% em relação ao ano anterior.

As vendas para exportação até o final de setembro caíram 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido à ausência da demanda chinesa, de acordo com dados do USDA.

O USDA também divulgou um conjunto de grandes vendas diárias de exportação que ocorreram durante a paralisação do governo dos EUA, mostrando 1,348 milhão de toneladas métricas de soja dos EUA vendidas de 2 de outubro a 12 de novembro, incluindo 332.000 toneladas confirmadas vendidas para a China.

A queda na demanda de exportação de soja dos EUA arrastou os preços da oleaginosa para quase as mínimas de cinco anos neste outono, antes que as esperanças de um avanço nas negociações comerciais entre os EUA e a China dessem início a uma recuperação acentuada em meados de outubro e oferecessem aos agricultores a oportunidade de vender sua colheita pelo preço mais alto desta temporada.

Os produtores vinham enfrentando retornos negativos sobre a soja durante todo o ano.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e a secretária da Agricultura, Brooke Rollins, disseram que a China prometeu retomar as compras de soja dos EUA e comprar 12 milhões de toneladas métricas da oleaginosa este ano após uma reunião entre o presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping no final de outubro. Mas a China ainda não confirmou oficialmente o que foi acordado nas negociações de duas semanas atrás e, até o momento, comprou apenas volumes mínimos.

O USDA previu que as compras chinesas se acelerariam, mas reconheceu que os suprimentos sul-americanos mais baratos reduziram a demanda por soja norte-americana após uma forte alta nos preços dos EUA desde meados de outubro.

(Reportagem de Karl Plume e Heather Schlitz em Chicago)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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