
Por Shadia Nasralla e Stephanie Kelly
LONDRES, 4 Nov (Reuters) - A petrolífera BP BP.L relatou uma queda menor do que a esperada no lucro subjacente do terceiro trimestre nesta terça-feira, uma vez que um forte desempenho em todas as divisões, liderado pelo refino, ajudou a compensar o impacto dos preços mais baixos do petróleo.
No entanto, não houve nenhuma atualização sobre o processo de venda da unidade de lubrificantes Castrol, que tem sido acompanhado de perto e é a peça central de sua iniciativa de venda de ativos no valor de US$20 bilhões para reduzir sua dívida.
A BP disse que obteve um lucro de custo de reposição subjacente, ou lucro líquido ajustado, de US$2,21 bilhões, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$2,02 bilhões em uma pesquisa fornecida pela empresa, e US$2,27 bilhões há um ano.
Todas as principais unidades da BP superaram as previsões.
A divisão de clientes e produtos da BP, impulsionada por margens de refino mais altas, registrou um lucro de US$1,7 bilhão, superando os US$381 milhões do ano passado, quando a BP teve uma grande paralisação em sua refinaria norte-americana de Whiting.
A divisão de clientes apresentou seus resultados mais sólidos já registrados no terceiro trimestre, disse a BP, acrescentando que sua disponibilidade de refino estava próxima de 97%, o melhor trimestre em 20 anos para o portfólio atual.
Depois de uma malfadada incursão em energias renováveis sob o comando do presidente-executivo anterior, Bernard Looney, a BP prometeu aumentar a lucratividade e cortar custos, ao mesmo tempo em que redirecionou os gastos para se concentrar em petróleo e gás.
Em agosto, a BP lançou uma análise sobre a melhor forma de desenvolver e monetizar seus ativos de produção de petróleo e gás e, quando o novo presidente do conselho, Albert Manifold, assumiu seu cargo no mês passado, ele pediu uma reformulação mais profunda do portfólio da BP para aumentar a lucratividade.
A Reuters informou em maio, citando fontes, que a BP havia iniciado a venda da Castrol.
"O interesse é grande. Estamos progredindo bem, e vamos atualizá-los quando estivermos prontos", disse o presidente-executivo Murray Auchincloss em uma ligação com a Reuters.
(Reportagem de Shadia Nasralla e Stephanie Kelly)
((Tradução Redação São Paulo))
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