Futuros de soja dos EUA marcam maior ganho mensal em quase 5 anos por otimismo sobre comércio com China

Por Tom Polansek

CHICAGO, 31 Out (Reuters) - Os contratos futuros da soja dos Estados Unidos subiram para um pico de 15 meses e registraram seu maior ganho mensal em quase cinco anos nesta sexta-feira, na esteira de uma valorização alimentada pela perspectiva de retomada das exportações para a China.

Os preços da soja Sv1 ultrapassaram o pico de julho de 2024 atingido na quinta-feira, depois que autoridades dos EUA disseram que a China, o maior importador da commodity do mundo, comprará dezenas de milhões de toneladas de safras norte-americanas nos próximos anos como parte de um acordo comercial.

Anteriormente, a China evitava a soja dos EUA devido ao seu conflito comercial com Washington e, em vez disso, comprava da América do Sul.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na quinta-feira que a China havia concordado em comprar 12 milhões de toneladas de soja norte-americana até janeiro e 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos.

O compromisso ficou aquém das exportações dos EUA para a China nos últimos anos. No entanto, o compromisso provavelmente excede o que a China teria comprado, já que tem transferido suas compras para o Brasil, o maior exportador, disse Nelson.

"Em termos realistas, dentro de dois anos, estaríamos facilmente abaixo de 20 milhões de toneladas, se não entrando na faixa de 18 milhões de toneladas", disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale. "Em comparação com a situação em que estaríamos, esse é um desdobramento positivo."

O contrato de soja mais ativo na bolsa de Chicago Sv1 terminou em alta de 7,50 centavos, a US$11,1525 por bushel, e teve seu maior avanço mensal desde dezembro de 2020.

Os futuros de milho e trigo da CBOT também subiram, embora Washington e Pequim não tenham anunciado compromissos comerciais específicos para essas culturas.

O milho Cv1 subiu 1,25 centavos, para US$4,3150 por bushel, enquanto o trigo Wv1 terminou em alta de 9,75 centavos, a US$5,34 por bushel. Ambos os grãos registraram ganhos mensais.

((Tradução Redação Brasília))

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