Empresa de energia elétrica dos EUA espera que demanda gerada por data centers dobre até 2039

Por Liz Hampton

DENVER, Estados Unidos, 28 Out (Reuters) - A empresa norte-americana de energia elétrica, Dominion Energy D.N, que opera na maior concentração de data centers do mundo, disse nesta terça-feira que espera que a demanda por eletricidade dobre na próxima década e meia, impulsionada pelo aumento do consumo nessas instalações.

Centrais de processamento de dados respondem agora por 27% da receita da companhia, disse o presidente-executivo, Robert Blue, nesta terça-feira em uma conferência.

"Esperamos que a demanda dobre até 2039, impulsionada em grande parte pela expansão do setor de data centers", disse Blue. A empresa disse que seus dez maiores picos de todos os tempos na demanda dos clientes ocorreram em 2025.

A Dominion trabalha na Interconexão PJM, a maior operadora de rede de energia dos EUA, abrangendo 13 estados e o distrito de Columbia. A demanda de data centers usados por empresas de inteligência artificial está impulsionando um crescimento explosivo na PJM, elevando as expectativas de crescimento anual para mais de 6%, de 0,5% em 2021, durante pico de verão.

"Tudo isso exige que façamos alguns ajustes significativos", disse Blue. A empresa está de olho em mais de 33 gigawatts de nova geração de energia nos próximos 20 anos.

A Dominion investirá cerca de US$2,8 bilhões em transmissão em 2027, acima dos US$2,1 bilhões do ano passado. Os investimentos em 2024 nessa área representaram um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

"Precisamos de uma maneira de levar toda a energia nova a todos os novos clientes, garantindo que os custos sejam alocados de forma justa", disse Blue.

A crescente demanda das centrais de processamento de dados gerou preocupações de que os consumidores terão de pagar por energia mais cara.

A Dominion disse que propôs uma tarifa para clientes de grande carga, que exige que eles paguem taxas mínimas de demanda por vários serviços. De acordo com a proposta, os clientes de grande carga também estarão sujeitos a contratos de 14 anos, bem como novos requisitos de depósito e crédito.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

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