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Petróleo sobe 5% com novas sanções dos EUA contra Rússia

Reuters23 de out de 2025 às 12:29

Por Enes Tunagur

- Os preços do petróleo subiram 5% nesta quinta-feira, depois que os EUA impuseram sanções aos principais fornecedores russos, Rosneft ROSN.MM e Lukoil LKOH.MM, devido à guerra na Ucrânia, ampliando os ganhos da sessão anterior.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 4,65% por volta das 9h25 (horário de Brasília), para US$65,53 por barril, enquanto petróleo West Texas Intermediate dos EUA CLc1 avançava 5%, para US$61,49.

As sanções dos EUA significam que as refinarias da China e da Índia, grandes compradoras do petróleo russo, precisarão buscar fornecedores alternativos para evitar a exclusão do sistema bancário ocidental, de acordo com o analista do Saxo Bank, Ole Hansen.

Os EUA disseram que estavam preparados para tomar outras medidas, pois pediram a Moscou que concordasse imediatamente com um cessar-fogo na Ucrânia.

A Grã-Bretanha sancionou a Rosneft e a Lukoil na semana passada. Os países da UE aprovaram um 19º pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a proibição das importações de GNL russo.

Os futuros do petróleo bruto Brent mudaram para a situação de mercado conhecida como "backwardation", com o primeiro mês sendo negociado cerca de US$2 acima do contrato para entrega em seis meses.

Logo após a revelação das sanções dos EUA, os futuros do Brent e do WTI subiram mais de US$ 2 por barril, com o apoio de uma queda surpreendente nos estoques dos EUA.

O impacto das sanções sobre os mercados de petróleo dependerá da reação da Índia e do fato de a Rússia encontrar compradores alternativos, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.

A Índia se tornou o maior comprador de petróleo bruto russo transportado por via marítima com desconto após a guerra de Moscou na Ucrânia.

É provável que as refinarias indianas reduzam drasticamente as importações de petróleo russo devido às novas sanções, disseram fontes do setor na quinta-feira.

A empresa privada Reliance Industries, a principal compradora indiana de petróleo bruto russo, planeja reduzir ou interromper completamente essas importações, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.

Mas ainda há certo ceticismo no mercado sobre se as sanções dos EUA resultariam em uma mudança fundamental na oferta e na demanda.

"Até agora, quase todas as sanções contra a Rússia nos últimos três anos e meio não conseguiram afetar os volumes produzidos pelo país ou as receitas do petróleo", disse o analista da Rystad Energy, Claudio Galimberti.

As preocupações com o excesso de oferta após os aumentos de produção da Opep+ limitaram os ganhos do petróleo na quinta-feira. O UBS espera que o Brent permaneça entre US$60 e US$70.

(Reportagem de Katya Golubkova em Tóquio)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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