Taiwan diz que ainda avalia impacto das restrições impostas pela China às terras raras no setor de chips

TAIPÉ, 12 Out (Reuters) - A maioria dos materiais de terras raras usados em Taiwan é fornecida pela Europa, Estados Unidos e Japão, mas o impacto das novas restrições da China sobre a indústria de semicondutores ainda precisa ser avaliado, disse o Ministério da Economia da ilha neste domingo.

A China expandiu drasticamente seus controles de exportação de terras raras na quinta-feira, acrescentando cinco novos elementos e um escrutínio extra para os usuários de chips, à medida que Pequim reforça o controle sobre o setor antes das negociações entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

O Ministério da Economia de Taiwan disse em um comunicado sobre as novas regras da China que a maioria dos materiais relacionados a terras raras necessários internamente é fornecida pela Europa, Estados Unidos e Japão.

"O impacto sobre a operação da indústria de semicondutores ainda requer mais pesquisas e avaliações. Continuaremos a monitorar as mudanças nos custos das matérias-primas e quaisquer efeitos indiretos que os ajustes na cadeia de suprimentos possam trazer", afirmou.

Taiwan é a sede da maior fabricante de chips sob contrato do mundo, a TSMC 2330.TW, produtora da grande maioria dos chips avançados que são um componente essencial dos aplicativos de inteligência artificial.

Mais cedo neste domingo, a China defendeu suas restrições sobre exportações de elementos e equipamentos de terras raras, dizendo que elas foram motivadas pela preocupação com as aplicações militares desses metais em um momento de "conflitos militares frequentes".

(Reportagem de Ben Blanchard)

((Tradução Redação São Paulo))

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