
Por Heather Schlitz
CHICAGO, 30 Set (Reuters) - Os futuros da soja, do milho e do trigo em Chicago caíram nesta terça-feira, devido a um relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos baixista, ao progresso da colheita norte-americana e à falta de demanda chinesa.
O relatório trimestral de estoques do USDA, uma das publicações mais acompanhadas nos mercados de grãos, mostrou que os agricultores e manipuladores de grãos dos EUA tinham 13% menos milho armazenado antes da colheita de outono do que no ano anterior, embora uma safra recorde tenha sido estabelecida para reabastecer os estoques.
O USDA informou em um relatório trimestral que havia 1,532 bilhão de bushels de milho armazenados em 1º de setembro. Isso ficou acima das expectativas dos analistas de 1,337 bilhão de bushels.
"Essa é a principal razão pela qual estamos vendo alguma pressão no momento", disse Rich Nelson, estrategista da Allendale.
A preparação para uma possível paralisação do governo dos EUA a partir de quarta-feira também incentivou a cautela nos mercados de grãos e nos mercados financeiros mais amplos. MKTS/GLOB
O contrato de milho mais ativo da bolsa de Chicago Cv1 fechou 6 centavos mais baixo, a US$4,155 por bushel, enquanto o trigo CBOT Wv1 caiu 11,5 centavos, a US$,08 por bushel. A soja CBOT Sv1 fechou com queda de 8,75 centavos, a US$10,0175 por bushel.
A falta de demanda de exportação de soja tem sido o principal fator que pesa sobre os futuros da soja, disseram os analistas.
Os exportadores de soja dos EUA estão perdendo negócios para a China em meio a uma guerra comercial entre as duas nações, com os fornecedores concorrentes da América do Sul tomando sua parte.
A pressão das colheitas de milho e soja em andamento nos EUA também pressionou os futuros. O clima quente e seco no cinturão de grãos dos EUA ajudou a colheita no fim de semana, e as previsões indicavam mais do mesmo nesta semana.
O milho, que encontrou apoio nas exportações rápidas e nas dúvidas sobre o potencial de produção dos EUA, ficou praticamente inalterado no mês e mais alto no trimestre.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago. Reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN