PETRÓLEO-Preços mantêm-se estáveis com investidores a avaliar ataques a instalações energéticas russas

LONDRES, 15 Set (Reuters) - Os preços do petróleo registaram poucas mudanças, esta segunda-feira, com os investidores a avaliarem o impacto dos ataques de drones ucranianos a refinarias russas, enquanto que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse estar preparado para impor sanções à Rússia se os países da NATO deixarem de comprar petróleo russo.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,07 dólares, ou 0,1%, para os 67,06 dólares por barril às 1121 TMG, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 estava nos 62,80 dólares por barril, a subir 0,11 dólares, ou 0,18%.

A Ucrânia lançou um grande ataque com pelo menos 361 drones visando a Rússia durante a noite, provocando um breve incêndio na vasta refinaria de petróleo Kirishi, no noroeste da Rússia, disseram autoridades russas no domingo.

Ambos os contratos de crude ganharam mais de 1% na semana passada, com a Ucrânia a intensificar os ataques às infra-estruturas petrolíferas russas, incluindo o maior terminal de exportação de petróleo, Primorsk.

Primorsk tem capacidade para carregar cerca de 1 milhão de barris por dia de crude, enquanto a refinaria de Kirishi processa cerca de 355 mil barris por dia de crude russo, o que equivale a 6,4% do total do país.

A pressão sobre a Rússia está a aumentar numa altura em que o Presidente norte-americano, Trump, disse, no sábado, que os Estados Unidos estavam preparados para impor novas sanções energéticas à Rússia, mas apenas se todas os países da NATO deixassem de comprar petróleo russo e implementassem medidas semelhantes.

Os investidores aguardam também a decisão sobre as taxas de juro da Reserva Federal dos Estados Unidos na sua reunião de 16 e 17 de Setembro, na qual se espera que o banco reduza as taxas de juro. A redução dos custos dos empréstimos pode impulsionar a procura de combustível.

Na semana passada, dados mais suaves sobre a criação de empregos e o aumento da inflação nos Estados Unidos levantaram receios sobre o crescimento económico na maior economia do mundo e consumidora de petróleo.

Texto integral em inglês: nL2N3V200R