10 Set (Reuters) - O ouro oscilou perto de máximos de sempre, esta quarta-feira, apoiado pelas expectativas de que a Reserva Federal irá retomar os cortes de taxas na reunião da próxima semana, na sequência de dados de inflação dos Estados Unidos mais suaves que o esperado.
O ouro à vista XAU= subia 0,6% para os 3.647,79 dólares por onça às 1316 TMG, após atingir um máximo recorde de 3.673,95 dólares na terça-feira.
Os futuros de ouro dos Estados Unidos GCcv1 para entrega em Dezembro subiam 0,2% para os 3.687,40 dólares.
Os preços na produção dos Estados Unidos caíram de forma inesperada em Agosto, pressionados por um declínio nos custos dos serviços, mostraram dados do Departamento do Trabalho.
O ouro, tradicionalmente considerado como uma protecção contra a incerteza política e económica e a inflação, também tende a ter bons resultados em ambientes de taxas de juro baixas. Subiu mais de 38% este ano.
Os mercados estão a precificar uma probabilidade de 90% de um corte de um quarto de ponto na reunião da Fed de 16 e 17 de Setembro, com poucas probabilidades de um corte maior, mostrou a ferramenta FedWatch da CME.
A confiança do mercado no alívio foi reforçada após o fraco relatório da semana passada sobre as folhas de salários não agrícolas, que apontou para o arrefecimento das condições do mercado de trabalho.
O Departamento do Trabalho também reviu para baixo as estimativas de crescimento do emprego até Março, sugerindo que o crescimento do emprego já estava s desacelerar antes das tarifas agressivas do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as importações.
Enquanto isso, uma juiza federal, na terça-feira, bloqueou de forma temporária a tentativa de Trump de remover a governadora da Reserva Federal, Lisa Cook, revés inicial para a Casa Branca numa luta legal que ameaça a independência do banco central.
A atenção agora volta-se para a leitura do índice de preços no consumidor de quinta-feira, visto como fundamental para moldar a postura política da Fed.
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