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Portugal investiga acidente em elevador histórico de Lisboa que causou 16 mortos

Reuters5 de set de 2025 às 05:53

- As autoridades portuguesas estavam a investigar, na quinta-feira, as causas que levaram um elevador de Lisboa, muito popular entre os turistas, a precipitar-se colina abaixo, matando pelo menos 16 pessoas e ferindo outras 22, quando embateu num edifício na quarta-feira.

A Procuradoria-Geral da República informou que os médicos legistas identificaram até ao momento os corpos de cinco portugueses, dois sul-coreanos e um suíço, sem revelar mais pormenores sobre as vítimas mortais.

Um cidadão norte-americano morreu no acidente, informou o Departamento de Estado num comunicado. Segundo o chefe da polícia judiciária portuguesa, Luís Neves, existe um "elevado grau de certeza" de que entre os mortos se encontrem também dois canadianos, um ucraniano e um alemão, embora as identidades ainda não possam ser oficialmente confirmadas.

Os destroços de uma carruagem amarela, semelhante a um eléctrico, que transporta pessoas para cima e para baixo numa encosta íngreme na capital portuguesa, jaziam no local onde tinha saído dos carris e batido num edifício na quarta-feira, a poucos metros do seu gémeo no fundo da íngreme encosta de 265 metros. O cabo de tracção que os ligava tinha-se partido.

Abel Esteves, 75 anos, residente em Lisboa, a sua mulher e o seu neto estavam entre os 40 passageiros da carruagem inferior que viram a outra carruagem ir na sua direcção antes de descarrilar no último segundo.

"Disse à minha mulher: 'Vamos morrer todos aqui'", contou. "Ganhou uma velocidade brutal, fez uma ligeira curva e embateu no edifício com um grande estrondo".

As bandeiras foram hasteadas a meia haste e as pessoas deixaram flores no local do acidente, tendo Portugal declarado um dia de luto. O Papa enviou condolências e bênçãos às vítimas, familiares e equipas de salvamento.

"Esta é uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente", afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa declaração transmitida pela televisão, acrescentando que espera que a investigação das causas do acidente seja concluída rapidamente.

A companhia aérea portuguesa TAP ofereceu-se para transportar as famílias das vítimas e repatriar os feridos e os falecidos.

Trinta e oito pessoas ficaram feridas no acidente, tendo 15 morrido no local e uma outra falecido no hospital durante a noite.

Entre os feridos contam-se quatro portugueses, dois alemães, dois espanhóis, um coreano, um cabo-verdiano, um canadiano, um italiano, um francês, um suíço e um marroquino, disse Margarida Martins, directora dos serviços de emergência de Lisboa.

Os meios de comunicação social locais referiram que uma família alemã de três pessoas encontrava-se entre as vítimas. O pai morreu no acidente, a mãe ficou gravemente ferida e o filho de 3 anos sofreu ferimentos ligeiros.

A linha, inaugurada em 1885, liga o centro de Lisboa, perto da Praça dos Restauradores, ao Bairro Alto, famoso pela sua vida nocturna, e transporta cerca de 3 milhões de pessoas por ano.

Portugal, e Lisboa em particular, registou um 'boom' turístico na última década, com os visitantes a encherem a popular baixa da cidade nos meses de Verão.

Texto integral em inglês: nL1N3UR07Z

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