Por Scott DiSavino
NOVA YORK, 4 Set (Reuters) - Os preços do petróleo caíram cerca de 1%, atingindo uma mínima de duas semanas nesta quinta-feira, devido a um aumento surpreendente nos estoques de petróleo dos Estados Unidos na semana passada e às expectativas de que os produtores da Opep+ aumentarão as metas de produção em uma reunião neste fim de semana.
Os contratos futuros do petróleo Brent LCOc1 fecharam com queda de 1%, a US$66,95 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA CLc1 caiu 0,8%, fechando a US$63,48.
Esse foi o menor fechamento do Brent desde 20 de agosto.
A Administração de Informações sobre Energia dos EUA (AIE) disse que as empresas de energia adicionaram 2,4 milhões de barris de petróleo aos estoques durante a semana encerrada em 29 de agosto, com as refinarias entrando na temporada de manutenção. EIA/S API/S ENERGYUSA, ENERGYAPI
Esse foi um aumento surpreendente nos estoques de petróleo em comparação com a retirada de 2 milhões de barris que os analistas previram em uma pesquisa da Reuters e foi maior do que o aumento de 0,6 milhão de barris que as fontes do mercado disseram que o grupo comercial Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) citou em seus números na quarta-feira.
"Esse é um relatório um pouco baixista com esse aumento do petróleo", disse John Kilduff, sócio da Again Capital.
A AIE e o API divulgaram os dados dos estoques um dia depois do habitual, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA, na segunda-feira.
Oito membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados como a Rússia na Opep+ considerarão novos aumentos na produção em outubro em uma reunião no domingo, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com as discussões.
Um possível aumento da produção da Opep+ enviaria um forte sinal de que a recuperação da participação no mercado tem prioridade sobre o suporte de preços, disse Tamas Varga, analista sênior da empresa de corretagem e consultoria PVM Oil Associates.
A Opep+ já concordou em aumentar as metas de produção em cerca de 2,2 milhões de barris por dia de abril a setembro, além de um aumento de 300.000 barris por dia na cota dos Emirados Árabes Unidos.
(Reportagem de Scott DiSavino em Nova York e Enes Tunagur em Londres; reportagens adicionais de Georgina McCartney em Houston, Ahmad Ghaddar em Londres, Sam Li em Pequim e Trixie Yap em Cingapura)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN