LONDRES, 14 Ago (Reuters) - Os preços do petróleo mantiveram-se estáveis, esta quinta-feira, com os investidores a avaliarem o potencial impacto da próxima cimeira Estados Unidos-Rússia sobre a Ucrânia nos fluxos de crude russo, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter alertado para as "graves consequências" para Moscovo se não concordar com a paz.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,49 dólares, ou 0,75%, para os 66,12 dólares por barril às 1303 TMG, enquanto que os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 subiam 0,51 dólares, ou 0,81%, para os 63,16 dólares.
Ambos os contratos atingiram os seus níveis mais baixos em dois meses na quarta-feira, após o 'guidance' em baixa da oferta do governo norte-americano e da Agência Internacional de Energia.
Trump ameaçou, na quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin com "consequências severas" se este não concordar com a paz na Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos não especificou quais seriam as consequências, mas alertou para a hipótese de sanções económicas se a reunião no Alasca, na sexta-feira, se revelar infrutífera.
Trump ameaçou impor tarifas secundárias aos compradores de crude russo, principalmente à China e à Índia, se a Rússia continuar a sua guerra na Ucrânia.
As expectativas de que a Reserva Federal dos Estados Unidos irá cortar as taxas de juro em Setembro, também impulsionaram os preços do petróleo, já que taxas de empréstimo mais baixas podem estimular o crescimento económico e a procura de petróleo.
Os investidores acreditam que um corte ocorrerá no próximo mês, após os preços no consumidor dos Estados Unidos terem aumentado a um ritmo moderado em Julho.
O secretário norte-americano do Tesouro, Scott Bessent, disse que achava que um corte agressivo de meio ponto percentual era possível, dados os recentes números fracos do emprego.
Os preços do petróleo foram mantidos sob controlo, na quarta-feira, com os inventários de crude nos Estados Unidos a subirem de forma inesperada em 3 milhões de barris na semana que terminou a 8 de Agosto, segundo a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos na quarta-feira. EIA/S
Texto integral em inglês: nL1N3U601V