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EUA e China prolongam trégua tarifária por 90 dias, evitando aumento de direitos aduaneiros

Reuters12 de ago de 2025 às 06:24

- Estados Unidos e China prolongaram, na segunda-feira, uma trégua tarifária por mais 90 dias, evitando a imposição de direitos aduaneiros de três dígitos sobre os produtos um do outro, numa altura em que os retalhistas norte-americanos se preparam para aumentar os inventários antes da crítica época das festas de fim-de-ano.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sua plataforma Truth Social que tinha assinado uma ordem executiva que suspendia a imposição de tarifas mais altas até às 0501 TMG de 10 de Novembro, com todos os outros elementos da trégua a permanecerem em vigor.

O Ministério do Comércio da China emitiu uma pausa paralela sobre tarifas adicionais esta terça-feira, adiando também por 90 dias a inclusão de empresas norte-americanas que tinha visado em Abril às listas de restrições ao comércio e ao investimento.

"Os Estados Unidos continuam a ter conversações com a RPC para resolver a falta de reciprocidade comercial na nossa relação económica e as preocupações de segurança nacional e económica que daí resultam", afirma a ordem executiva de Trump, utilizando o acrónimo de República Popular da China.

"Por meio dessas discussões, a RPC continua a tomar medidas significativas para corrigir acordos comerciais não recíprocos e abordar as preocupações dos Estados Unidos em relação a questões económicas e de segurança nacional".

A trégua tarifária entre Pequim e Washington deveria ter expirado esta terça-feira às 0401 TMG. A prorrogação até ao início de Novembro dá tempo crucial para o aumento sazonal de importações para a época de Natal, incluindo electrónica, vestuário e brinquedos a taxas de direitos mais baixas.

A nova ordem impede que as tarifas norte-americanas sobre os produtos chineses atinjam os 145%, sendo que se previa que as tarifas chinesas sobre produtos norte-americanos atingissem os 125% - taxas que teriam resultado num embargo comercial virtual entre os dois países. O acordo prevê, pelo menos para já, uma tarifa de 30% sobre as importações chinesas e um direitos aduaneiros chineses de 10% sobre as importações americanas.

"Vamos ver o que acontece", disse Trump numa conferência de imprensa na segunda-feira, destacando o que ele apelidou ser o seu bom relacionamento com o Presidente chinês, Xi Jinping.

A China disse que a prorrogação era "uma medida para implementar ainda mais o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado na sua chamada de 5 de Junho" e que esta proporcionaria estabilidade à economia global.

Trump disse à CNBC, na semana passada, que os Estados Unidos e a China estavam a aproximar-se muito de um acordo comercial e que se reuniria com Xi antes do final do ano se fosse alcançado um acordo.

Texto integral em inglês: nL1N3U30JP

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