Preços do café sobem na ICE com tarifas afetando comércio entre EUA e Brasil

NOVA YORK, 7 Ago (Reuters) - Os contratos futuros do café na bolsa ICE subiram nesta quinta-feira, com poucos sinais de que as tensões comerciais entre os Estados Unidos, principal consumidor, e o Brasil, principal produtor, estejam diminuindo, enquanto os preços do cacau também subiram.

CAFÉ

* Os contratos futuros do café arábica KCc1 fecharam em alta de 4,4 centavos, ou 1,5%, a US$2,978 por libra-peso.

* Os comerciantes disseram que o mercado continuou a receber suporte dos baixos estoques certificados.

* Eles observaram, no entanto, que a alta continuou a ser limitada por preocupações de que um aumento nos preços de varejo nas últimas semanas provavelmente reduzirá a demanda.

* O comércio de café entre o Brasil e os EUA permaneceu congelado após a imposição de uma tarifa de importação de 50% pelo maior consumidor do mundo. O café carregado no Brasil até 6 de agosto, no entanto, pode entrar nos EUA sem pagar a tarifa, desde que chegue até 6 de outubro.

* O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à Reuters na quarta-feira que não via espaço para conversas diretas com o presidente dos EUA, Donald Trump.

* O café robusta LRCc2 subiu 1,1%, para US$3.377 a tonelada métrica.

* O comércio de café no Vietnã desacelerou esta semana devido aos baixos estoques e à demanda mais fraca, disseram os comerciantes na quinta-feira, acrescentando que fortes chuvas foram registradas na área de cultivo de café da Indonésia no meio da colheita.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto SBc1 teve pouca alteração, a 16,01 centavos de dólar por libra-peso.

* Os comerciantes disseram que o mercado ficou preso em um intervalo estreito de preços entre 16 e 17 centavos por quase um mês.

* Eles observaram preocupações de que a produção de açúcar na importante região centro-sul do Brasil possa ser menor do que o esperado anteriormente.

* "Dadas as preocupações climáticas anteriores e o baixo desempenho do ATR (teor de açúcar na cana) acumulado na temporada até agora, os riscos para as previsões da produção de açúcar do Brasil em 2025/26 continuam inclinados para o lado negativo", disse o Rabobank em uma nota.

* O Brasil exportou 3,59 milhões de toneladas de açúcar em julho, 5% a menos que no mesmo mês do ano passado, segundo dados do governo divulgados na quarta-feira.

* O açúcar branco LSUc1 também teve pouca alteração, a US$ 462,50 por tonelada.

CACAU

* O cacau em Londres LCCc2 terminou estável em 5.409 libras por tonelada.

* Camarões ultrapassou sua meta anual de 300.000 toneladas de cacau pela primeira vez na temporada 2024/2025, o que representa um marco significativo para o quinto maior produtor do mundo.

* O cacau em Nova York CCc2 subiu 2,9%, para US$8.061 a tonelada.

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS