PETRÓLEO-Preços voltam a subir com alívio de guerra comercial

Por Ahmad Ghaddar

LONDRES, 29 Jul (Reuters) - Os preços do petróleo subiram, esta terça-feira, com o optimismo de que a guerra comercial entre os Estados Unidos e os seus principais parceiros comerciais está a diminuir e com o Presidente Donald Trump a aumentar a pressão sobre a Rússia devido à sua guerra na Ucrânia.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,47 dólares, ou 0,7%, para os 70,51 dólares por barril às 0924 TMG, atingindo o seu valor máximo desde 18 de Julho, enquanto o petróleo West Texas Intermediate CLc1 estava nos 67,24 dólares, mais 0,53 dólares, ou 0,8%.

Ambos os contratos fixaram-se a subir mais de 2% na sessão anterior.

O acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, embora imponha uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, evitou uma guerra comercial total entre os dois principais aliados, que teria afectado quase um terço do comércio global e diminuído as perspectivas de procura de combustível.

O acordo também prevê que a UE compre 750 mil milhões de dólares de energia dos Estados Unidos nos próximos três anos, o que, segundo os analistas, o bloco não tem praticamente nenhuma hipótese de cumprir, enquanto as empresas europeias devam investir 600 mil milhões de dólares nos Estados Unidos durante o segundo mandato do Presidente Donald Trump.

Os principais responsáveis económicas dos Estados Unidos e China estão reunidas em Estocolmo pelo segundo dia para resolver disputas económicas de longa data e recuar na escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Trump também estabeleceu um novo prazo, na segunda-feira, de "10 ou 12 dias" para a Rússia fazer progressos no sentido de pôr fim à guerra na Ucrânia. Trump ameaçou impor sanções à Rússia e aos compradores das suas exportações se não houver progressos.

"Os preços do petróleo subiram após o presidente Trump ter dito que iria encurtar o prazo para a Rússia chegar a um acordo com a Ucrânia para acabar com a guerra, o que aumentou os receios com a oferta", disseram os analistas do ING numa nota.

Os intervenientes no mercado também estão à espera do resultado da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto dos Estados Unidos a 29 e 30 de Julho. Espera-se que a Fed mantenha as taxas, mas pode sinalizar uma inclinação macia por entre sinais de arrefecimento da inflação, disse Priyanka Sachdeva, analista de mercado sénior da corretora Phillip Nova.

Texto integral em inglês: nL1N3TQ02T