LONDRES, 16 Jul (Reuters) - Os preços do petróleo caíram cerca de 1%, esta quarta-feira, com sinais de um maior consumo de crude chinês a serem superados pela cautela dos investidores sobre o impacto económico mais amplo das tarifas norte-americanas.
Os preços têm oscilado numa faixa estreita, com sinais de uma procura constante devido a um aumento de viagens durante o Verão do Hemisfério Norte a competir com os receios de que as tarifas dos Estados Unidos sobre os parceiros comerciais irão abrandar o crescimento económico e o consumo de combustível.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,63 dólares, ou 0,9%, para os 68,08 dólares por barril às 1150 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 caíam 0,69 dólares, ou 1%, para 65,83 dólares.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou uma tarifa de 30% sobre as importações da União Europeia a partir de 1 de Agosto, nível que responsáveis europeus dizem ser inaceitável e que acabaria com o comércio normal entre dois dos maiores mercados do mundo.
A Comissão Europeia está a preparar-se para colocar 72 mil milhões de euros (84,1 mil milhões de dólares) de produtos norte-americanos sob possíveis tarifas, caso as negociações com Washington para chegar a um acordo comercial falhem.
Trump também disse, na segunda-feira, que os Estados Unidos vão impor "tarifas muito severas" à Rússia em 50 dias se não houver um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia.
No entanto, uma melhor perspectiva de procura da China limitou as perdas.
As refinarias estatais chinesas estão a aumentar a produção após concluírem a manutenção para satisfazer a maior procura por combustível no terceiro trimestre e para reconstruir os 'stocks' de diesel e gasolina, que estão nos níveis mais baixos em vários anos, disseram 'traders' e analistas.
Entretanto, o relatório mensal da OPEP de terça-feira previu que a economia global terá um melhor desempenho no segundo semestre do ano, aumentando as perspectivas da procura de petróleo.
Brasil, China e Índia estão a exceder as expectativas, enquanto que Estados Unidos e UE estão a recuperar face ao ano passado, acrescentou.
As reservas de crude, destilados e gasolina dos Estados Unidos aumentaram na semana passada, disseram fontes do mercado, ao referirem dados do Instituto Norte-Americano do Petróleo na terça-feira.
Os 'stocks' de crude aumentaram em 839.000 barris na semana que terminou a 11 de Julho, disseram as fontes. Os inventários de gasolina aumentaram 1,93 milhões de barris e os de destilados 828.000 barris, acrescentaram.
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