PETRÓLEO-Preços a caminho de maior descida semanal em dois anos com os riscos a diminuírem

LONDRES, 27 Jun (Reuters) - Os preços do petróleo subiram, esta sexta-feira, embora estejam a caminho da queda semanal mais acentuada desde Março de 2023, já que a ausência de perturbações significativas na oferta devido ao conflito Irão-Israel fez evaporar qualquer prémio de risco.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,50 dólares, ou 0,7%, para os 68,23 dólares por barril às 1036 GMT, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 ganhava 0,49 dólares, ou quase 0,8%, para os 65,73 dólares.

Durante a guerra de 12 dias que começou após Israel ter atacado as instalações nucleares do Irão a 13 de Junho, os preços do Brent subiram brevemente para mais de 80 dólares por barril antes de cairem para 67 dólares por barril após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um cessar-fogo Irão-Israel.

Isso colocou ambos os contratos a caminho de uma queda semanal de cerca de 12%.

Os membros da OPEP+ reunir-se-ão a 6 de Julho para decidir os níveis de produção de Agosto.

Os preços também estavam a ser apoiados por vários relatórios de inventários de petróleo que mostraram fortes retiradas nos destilados médios, disse Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates.

Dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, na quarta-feira, mostraram que os inventários de crude e de combustível caíram uma semana antes, com a actividade de refinação e a procura a aumentar. EIA/S

Entretanto, os dados desta quinta-feira mostraram que os stocks de gasóleo detidos de forma independente no centro de refinação e armazenamento de Amesterdão-Roterdão-Antuérpia (ARA) caíram para o seu mínimo em mais de um ano, enquanto que os inventários de destilados médios de Singapura diminuíram, já que as exportações líquidas aumentaram em termos semanais.

Além disso, as importações chinesas de petróleo iraniano aumentaram em Junho, já que os envios aceleraram antes do conflito e a procura das refinarias independentes melhorou, segundo os analistas.

A China é o principal importador de petróleo do mundo e o maior comprador de crude iraniano. Comprou mais de 1,8 milhões de barris por dia de crude iraniano de 1 a 20 de Junho, segundo a Vortexa, um máximo recorde com base nos dados da empresa.

Texto integral em inglês: nL1N3SU02B