CHICAGO, 12 Jun (Reuters) - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu nesta quinta-feira sua previsão de quanto milho restará nos silos do país antes da colheita deste ano, já que a demanda de exportação tem sido forte.
As exportações dos EUA têm sido fortes este ano devido à competitividade dos preços no mercado mundial. Os contratos futuros de milho Cv1 caíram esta semana para a mínima de 2025, já que o clima parece favorável para a safra americana recém-plantada, alimentando as expectativas de uma grande colheita.
Os preços futuros permaneceram praticamente inalterados na bolsa de Chicago após o USDA divulgar estimativas de oferta e demanda em um relatório mensal.
"Se você olhar de soslaio, o cenário é um pouco favorável para os preços do milho", disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, referindo-se aos estoques mais apertados.
A projeção é de que os estoques caiam para 1,365 bilhão de bushels até 1º de setembro, antes do início da colheita, informou o USDA. Esse volume ficou abaixo da estimativa de maio de 1,415 bilhão de bushels e abaixo das expectativas dos analistas de 1,392 bilhão.
A agência do governo elevou sua estimativa para as exportações de 2024/25 de 2,6 bilhões de bushels em maio para 2,65 bilhões de bushels.
O USDA também reduziu sua previsão para os estoques finais de milho em 1º de setembro de 2026, de 1,8 bilhão para 1,75 bilhão de bushels. Analistas esperavam 1,792 bilhão, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
Os agricultores expandiram o plantio do grão em relação ao ano passado porque o milho parecia mais rentável do que a soja. Ambas as culturas são plantadas na primavera no Hemisfério Norte e nas mesmas áreas geográficas.
O USDA previu estoques finais de soja nos EUA de 350 milhões de bushels em 1º de setembro e 295 milhões de bushels um ano depois. Ambas as estimativas de estoque permaneceram inalteradas em relação a maio.
Para o trigo, o USDA manteve sua estimativa para a produção total dos EUA estável em 1,921 bilhão de bushels.
Na China, os agricultores devem colher 142 milhões de toneladas de trigo na safra 2025/26, que também permaneceu inalterada, informou o USDA. Partes do cinturão do trigo da China foram duramente atingidas pelo clima quente e seco.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago; reportagem adicional de Heather Schlitz)
((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS