tradingkey.logo

PETRÓLEO-Preços deslizam de máximos recentes com mercado a avaliar tensão no Médio Oriente

Reuters12 de jun de 2025 às 12:35

- Os preços do petróleo caíram, esta quinta-feira, após ganhos acentuados na sessão anterior, com os intervenientes no mercado a avaliarem a decisão dos Estados Unidos de retirar pessoal do Médio Oriente, antes de conversações com o Irão sobre a actividade nuclear deste último.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 1,31 dólares, ou 1,9%, para os 68,46 dólares por barril às 1202 TMG, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 caía 1,32 dólares, ou 2%, para os 66,83 dólares por barril.

Um dia antes, tanto o Brent como o WTI subiram mais de 4% para o seu valor mais alto desde o início de Abril.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os Estados Unidos estavam a mover pessoal porque o Médio Oriente "poderia ser um lugar perigoso". Disse também que os Estados Unidos não permitiriam que o Irão tivesse a arma nuclear. O Irão tem afirmado que a sua actividade nuclear é pacífica.

O aumento da tensão com o Irão aumentou a perspectiva de perturbação da oferta de petróleo. As partes deverão reunir-se no domingo.

Na quarta-feira, a agência marítima britânica alertou para o facto de o aumento das tensões no Médio Oriente poder conduzir a uma escalada da actividade militar que pode ter impacto na navegação em vias navegáveis críticas.

Aconselhou as embarcações a terem cuidado ao atravessarem o Golfo, o Golfo de Omã e o Estreito de Ormuz, que fazem fronteira com o Irão.

"Para o mercado do petróleo, o pesadelo absoluto é o encerramento do Estreito de Ormuz", afirmou o analista da Global Risk Management, Arne Rasmussen, numa publicação no LinkedIn.

"Se o Irão bloquear este apertado ponto de estrangulamento, isso poderá afectar até 20% dos fluxos globais de petróleo", acrescentou.

Entretanto, os Estados Unidos estão a preparar uma evacuação parcial da sua embaixada iraquiana e permitirão que os dependentes militares deixem os locais no Médio Oriente devido ao aumento do risco de segurança na região, noticiou a Reuters, na quarta-feira, citando fontes norte-americanas e iraquianas.

O Iraque é o segundo maior produtor de crude da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a seguir à Arábia Saudita. Um alto responsável do petróleo iraquiano disse à Reuters que as empresas estrangeiras de energia continuam a operar normalmente no país.

Trump disse repetidamente que os Estados Unidos bombardeariam o Irão se os dois países não conseguirem chegar a um acordo sobre a actividade nuclear do Irão, incluindo o enriquecimento de urânio.

O ministro da Defesa do Irão, Aziz Nasirzadeh, disse, na quarta-feira, que o Irão vai atacar as bases norte-americanas na região se as negociações falharem e se os Estados Unidos iniciarem um conflito.

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, planeia encontrar-se com o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, no Omã, no domingo, para discutir a resposta do Irão a uma proposta de acordo norte-americana.

O Conselho de Governadores do regulador nuclear da ONU, composto por 35 países, declarou o Irão em situação de incumprimento das suas obrigações de não-proliferação, esta quinta-feira, pela primeira vez em quase 20 anos, o que aumenta a perspectiva de a questão ser apresentada ao Conselho de Segurança da ONU.

Texto integral em inglês: nL1N3SF02A

Aviso legal: as informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas consultoria financeira ou de investimento.

Artigos relacionados

KeyAI