Por Gus Trompiz e Naveen Thukral
PARIS/CINGAPURA, 11 Jun (Reuters) - Os preços da soja negociados na bolsa de Chicago subiram nesta quarta-feira, mantendo-se perto da máxima de duas semanas, já que os investidores receberam bem a notícia de que as autoridades dos EUA e da China concordaram com uma estrutura para preservar uma trégua na guerra comercial entre seus países.
O milho e o trigo também subiram, com o milho se distanciando de uma mínima de seis meses e o trigo de uma baixa de quase duas semanas na terça-feira, embora as perspectivas favoráveis de produção global e dos EUA tenham continuado a limitar os mercados de cereais.
Os movimentos de preços foram limitados, com os comerciantes aguardando mais detalhes sobre o resultado das negociações entre os EUA e a China e observando os dados de inflação dos EUA na quarta-feira. MKTS/GLOB
Os mercados de grãos também estão voltando suas atenções para as previsões mensais das safras mundiais do Departamento de Agricultura dos EUA, na quinta-feira.
O contrato de soja mais ativo Sv1 estava em alta de 0,3%, a US$10,61 por bushel, por volta das 8h30 (horário de Brasília), próximo ao pico de terça-feira, o maior valor desde 28 de maio.
"O mercado de soja se estabilizou. Teremos que esperar para ver o que acontecerá nas negociações comerciais", disse Maxence Devillers, analista da Argus Media.
A China é o maior importador de soja do mundo, enquanto os Estados Unidos são o segundo maior exportador da oleaginosa.
As tarifas retaliatórias chinesas sobre os produtos agrícolas dos EUA restringiram o comércio de soja, com o Brasil dominando as importações recordes de soja da China em maio.
Depois de uma safra brasileira abundante, um bom início da temporada de cultivo nos EUA também estava pairando sobre o mercado de soja.
Nos cereais, o trigo CBOT Wv1 subia 0,65%, para US$5,38 o bushel, depois de cair para seu nível mais baixo desde 29 de maio na terça-feira, enquanto o milho Cv1 ganhava 1%, para US$ 4,4325 o bushel, depois de atingir seu nível mais fraco desde 5 de dezembro na sessão anterior.
Os preços do trigo ficaram sob pressão depois que o Departamento de Agricultura dos EUA elevou suas classificações para as safras de trigo de primavera e de inverno, atenuando as preocupações sobre os danos causados pelas chuvas no período que antecede a colheita.
As perspectivas de oferta também foram reforçadas por uma perspectiva satisfatória da safra do principal exportador de trigo, a Rússia.
(Reportagem de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)
((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS