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PETRÓLEO-Preços sobem com optimismo de conversações EUA-China a aliviarem tensões comerciais

Reuters10 de jun de 2025 às 11:41

- Os preços do petróleo subiram, esta terça-feira, com os investidores a aguardar o resultado das conversações comerciais entre Estados Unidos e China, sendo que a oferta de crude da Arábia Saudita para a China deve cair ligeiramente.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,34 dólares, ou 0,5%, para os 67,38 dólares por barril às 1045 TMG. O petróleo West Texas Intermediate CLc1 subia 0,33 dólares, ou 0,5%, para os 65,62 dólares.

Na segunda-feira, o Brent tinha subido para os 67,19 dólares, o máximo desde 28 de Abril, impulsionado pela perspectiva de um acordo comercial entre Estados Unidos e China.

As conversações comerciais entre Estados Unidos e China prosseguiram durante um segundo dia em Londres, com responsáveis de topo a tentarem aliviar as tensões que se expandiram das tarifas para as restrições às terras raras, o que causou o risco de perturbações na cadeia de oferta global e um crescimento mais lento.

Os preços recuperaram numa altura em que os receios com a procura se desvaneceram com as conversações comerciais entre Washington e Pequim e um relatório favorável sobre o emprego nos Estados Unidos, enquanto que há riscos para a oferta norte-americana devido aos incêndios florestais no Canadá, disseram analistas do Goldman Sachs.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse, na segunda-feira, que as conversações com a China estavam a correr bem e que estava "apenas a receber bons relatórios" da sua equipa em Londres.

Um acordo comercial entre Estados Unidos e China pode apoiar as perspectivas económicas globais e aumentar a procura de 'commodities', incluindo o petróleo.

A empresa petrolífera estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, vai enviar cerca de 47 milhões de barris para a China em Julho, segundo uma contagem das atribuições às refinarias chinesas, menos 1 milhão de barris que o volume atribuído em Junho, noticiou a Reuters.

A OPEP+, que bombeia cerca de metade do petróleo mundial e inclui membros da OPEP e aliados como a Rússia, apresentou planos para um aumento de 411.000 barris por dia para Julho numa altura em que procura recuperar quota de mercado e punir os sobre-produtores. A OPEP deverá reduzir os seus cortes de produção pelo quarto mês consecutivo.

Uma sondagem da Reuters revelou que a produção de petróleo da OPEP aumentou em Maio, embora o aumento tenha sido limitado, já que o Iraque bombeou abaixo do objectivo para compensar a anterior sobre-produção, tendo Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos feito aumentos menores que o permitido.

Por outro lado, o Irão disse que, em breve, entregaria uma contra-proposta para um acordo nuclear com os Estados Unidos em resposta a uma oferta norte-americana que Teerão considera "inaceitável", enquanto que Trump deixou claro que os dois lados continuam em desacordo sobre se o país será autorizado a continuar a enriquecer urânio em solo iraniano.

O Irão é o terceiro maior produtor entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e qualquer alívio das sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão permitir-lhe-ia exportar mais petróleo, o que pesa sobre os preços globais do crude.

Texto integral em inglês: nL1N3SD02O

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