LONDRES, 28 Mai (Reuters) - Os preços do petróleo subiram, esta quarta-feira, com os Estados Unidos a impedirem a Chevron CVX.N de exportar crude da Venezuela e com as paragens de produção do Canadá, enquanto que os mercados aguardam um aumento de produção esperado da OPEP+.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam 0,54 dólares, ou 0,8%, para os 64,63 dólares por barril às 1050 TMG, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 ganhavam 0,64 dólares, ou 0,9%, para ficar nos 61,45 dólares por barril.
A administração Trump emitiu uma nova autorização para a Chevron CVX.N que lhe permitiria manter os activos na Venezuela, mas não exportar petróleo ou expandir as actividades, informou a Reuters, na terça-feira, citando fontes.
Esta quarta-feira, está agendada uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e dos seus aliados, conhecidos como OPEP+.
No entanto, um aumento da produção em Julho poderá ser decidido no sábado, quando oito membros do grupo realizarem conversações, disseram fontes.
Os analistas da Goldman Sachs consideram que o grupo dos oito mantém a produção estável após a subida de Julho, devido à entrada de novos projectos no mercado mais tarde no ano, ao abrandamento do crescimento económico e à acumulação de 'stocks' de petróleo.
"No entanto, consideramos que os riscos para a nossa trajectória de oferta da OPEP8+ estão enviesados para o lado positivo, especialmente se o cumprimento não melhorar ou se os dados relativos à procura surpreenderem ainda mais", acrescentaram.
Os analistas acrescentaram que os preços poderiam reagir positivamente se houvesse progressos nas negociações sobre o comércio mundial ou na resolução das fricções entre Estados Unidos e Irão.
O chefe nuclear iraniano, Mohammad Eslami, disse, na quarta-feira, que poderia permitir que o órgão de vigilância nuclear da ONU enviasse inspectores norte-americanos para visitar as instalações nucleares se as negociações de Teerão com Washington fossem bem sucedidas.
Texto integral em inglês: nL2N3S002X