Investing.com — Os preços do petróleo caíram ligeiramente nas negociações asiáticas desta terça-feira, após atingirem uma máxima de duas semanas na sessão anterior com a notícia de reduções tarifárias entre EUA e China, enquanto investidores se mantêm cautelosos antes da divulgação de dados importantes sobre a inflação americana prevista para hoje.
Às 02:05 GMT, os futuros do Brent com vencimento em junho recuaram 0,3% para US$ 64,76 por barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) também caíram 0,3% para US$ 61,36 por barril.
Ambos os contratos permaneceram próximos da máxima de duas semanas, alcançada na segunda-feira, após os EUA e a China concordarem em reduzir temporariamente as elevadas tarifas impostas mutuamente.
Os EUA reduzirão sua tarifa sobre Pequim de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá sua tarifa retaliatória de 125% para 10%, ambas por 90 dias.
O anúncio veio através de uma declaração conjunta após conversas comerciais na Suíça durante o fim de semana.
À medida que as duas maiores economias do mundo avançam para uma relação comercial mais estável, expectativas de atividade industrial mais forte e demanda do consumidor, especialmente na China, elevaram o sentimento em torno das perspectivas de demanda.
"No entanto, embora um descongelamento nas tensões comerciais entre China e EUA seja útil, ainda há muita incerteza sobre o que acontecerá em 90 dias. Essa incerteza pode continuar a gerar obstáculos para a demanda de petróleo", disseram analistas do ING em nota.
Para o dia, investidores aguardam os dados do índice de preços ao consumidor dos EUA para abril, previstos para terça-feira, para avaliar o impacto das políticas comerciais do presidente Donald Trump.
Apesar da redução das tensões comerciais, os preços do petróleo caíram na terça-feira, pois investidores continuam preocupados com as perspectivas de demanda após os planos da Opep+ de aumentar a produção de petróleo em maio e junho.
Trump está programado para visitar Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos esta semana para abordar preocupações diplomáticas relacionadas a Gaza e Irã, enquanto também busca avançar acordos comerciais e de negócios com as nações ricas em petróleo.
"Embora a demanda tenha sido uma preocupação-chave para o mercado de petróleo, os aumentos de oferta da Opep+ significam que o mercado de petróleo estará bem abastecido pelo restante do ano. O quão bem abastecido depende se a Opep+ manterá os aumentos agressivos de oferta que vimos para maio e junho", disseram analistas do ING.
"Além disso, a curva futura sugere que o mercado pode se tornar cada vez mais confortável com a oferta até o final do ano", acrescentaram.
Os investidores também monitoraram de perto o aumento das tensões geopolíticas entre Índia e Paquistão, depois que ambos os lados concordaram com um cessar-fogo no fim de semana, após os piores combates em décadas.
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