Por Jacob Gronholt-Pedersen e Louise Rasmussen
COPENHAGUE, 27 Abr (Reuters) - A Groenlândia e a Dinamarca concordaram neste domingo em fortalecer seus laços em resposta ao interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em assumir o controle da ilha estrategicamente localizada no Ártico, disseram seus líderes após conversas em Copenhague.
O novo primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, desembarcou na capital dinamarquesa no sábado para uma visita de três dias, em uma demonstração de união entre a ilha rica em minerais, um território dinamarquês semiautônomo, e a Dinamarca.
"Estamos em uma situação de política externa que significa que precisamos nos aproximar", disse Nielsen em uma coletiva de imprensa conjunta com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
A visita de Nielsen ocorre após meses de tensão devido às repetidas declarações de Trump de que a Groenlândia deveria se tornar parte dos EUA.
Os líderes da Dinamarca e da Groenlândia afirmaram que apenas a população local pode decidir o futuro do território. No entanto, eles se viram em uma linha tênue entre rejeitar firmemente as ambições norte-americanas de anexar a Groenlândia e, ao mesmo tempo, tentar manter bons laços com seu aliado tradicional.
"Estamos prontos para uma parceria forte (com os EUA) e mais desenvolvimento, mas queremos respeito... Nunca seremos uma propriedade que pode ser comprada por qualquer um", disse Nielsen.
Ele disse que a expansão em andamento do consulado dos EUA em Nuuk, capital da Groenlândia, que foi acordada antes de Trump assumir o cargo, estava causando ansiedade entre o povo da ilha.
Nielsen não confirmou nem negou quando questionado se esteve em contato com o governo dos EUA desde que assumiu o cargo neste mês.
((Tradução Redação Brasília))
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