Japão elabora pacote econômico emergencial para aliviar pressão tarifária

Por Kentaro Sugiyama e Yoshifumi Takemoto e Makiko Yamazaki

TÓQUIO, 25 Abr (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, disse nesta sexta-feira que o governo elaborou um pacote econômico emergencial para aliviar qualquer impacto nas indústrias e famílias das novas tarifas de importação dos Estados Unidos.

O pacote inclui suporte ao financiamento corporativo, bem como subsídios para reduzir os preços da gasolina em 10 ienes (US$0,07) por litro e cobrir parcialmente as contas de eletricidade por três meses a partir de julho, mostrou um documento do governo.

Para ajudar pequenas e médias empresas mais vulneráveis às oscilações econômicas, um número maior de empresas será elegível para empréstimos com juros baixos concedidos por bancos apoiados pelo governo.

"Instruí os membros do gabinete a fazerem o máximo esforço para ajudar empresas e famílias que estão preocupadas com o impacto das tarifas", disse Ishiba em uma reunião da força-tarefa sobre tarifas.

As tarifas podem ter um efeito significativo sobre as indústrias que sustentam a economia, como automóveis e aço, disse ele.

O governo considerará medidas adicionais para impulsionar o consumo interno, dependendo do impacto das tarifas dos EUA na indústria automotiva do Japão.

O pacote desta sexta-feira pode ser financiado por um fundo de reserva, eliminando a necessidade de compilar um orçamento extra, disse o ministro da Economia, Ryosei Akazawa.

Em 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis. Ele também anunciou uma tarifa de 24% sobre todos os produtos japoneses, posteriormente reduzida para 10% por 90 dias.

Akazawa, que atua como principal negociador comercial do Japão, visitará Washington na próxima semana para uma segunda rodada de negociações comerciais.

O jornal Nikkei informou na quinta-feira que o Japão está considerando aumentar as importações de soja dos EUA como parte das negociações.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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